quinta-feira, 28 de agosto de 2014

LIÇÕES DE VIDA

LIÇÕES DE VIDA

        Passamos a vida inteira aprendendo com nossos erros.
- Feliz daquele que tira lições de tudo! Disse Maria.
- Há os que não se curvam diante das dificuldades, disse Roberto à Maria.
Eles falavam de um texto de Cora Coralina que dizia “feliz daquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”.
- Há muita gente que não aprende nunca, disse Maria.
- E há os que não praticam o que aprendem, falou Roberto.
- A vida sempre nos ensina lições e a convivência, uns com os outros, já é um aprendizado sem fim, disse Maria, a mais recatada entre os alunos de Guilherme.
Guilherme era um professor jovem que lecionava à noite para um grupo de terceira idade que tinha muito pouco estudo e que resolvera voltar a estudar, depois de terem criado seus filhos. Alguns de seus alunos já eram até avós. Portanto, ele também aprendia com eles as lições da vida, enquanto ensina a educação formal.
Guilherme era um poeta por natureza e gostava de aplicar poemas às lições dos alunos. Ele achava poética esta convivência onde um jovem de 22 anos ensinava pessoas com mais de 40, 50 e até 60 anos.
- Cora Coralina é uma lição a todos nós. Mesmo com pouco estudo publicou seus primeiros trabalhos depois de viúva e com mais de 60 anos, disse ele como um incentivo à sua turma.
- Eu me sinto privilegiado nesta nossa convivência e volto sempre para casa com uma novidade depois das nossas aulas. É uma lição de vida e de amor o que tiro e ouço de todos vocês, por isto agradeço também a oportunidade do aprendizado.


Mário Feijó
28.08.14

OPORTUNIDADES NÃO SE REPETEM



OPORTUNIDADES NÃO SE REPETEM

As uvas estão verdes
Dizia a raposa despeitada
Por não poder alcançá-las

Eu não estou despeitado
Minhas uvas estão maduras
E eu as tenho saboreado uma a uma

Não desperdiço oportunidades
Aprendi com a vida a fazer escolhas
Pois cavalo encilhado
Não passa duas vezes

Eu galopo o vento
E vou às estrelas
Seja em sonhos ou
Nas oportunidades que tenho...

Mário Feijó
28.08.14

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O MEU DESEJO



O MEU DESEJO

Peço mais vida, mais amor
Mais pessoas de bem, mais coragem
Mais respeito à natureza
Mais sinceridade à vida.

Que nunca me falte calma
Que nunca me falte a alma
Que eu sempre deixe um pouco de mim
E me preencha com um pouco de tudo.

Que a calmaria faça morada em mim
Que vingança nenhuma me perturbe
E mal nenhum abale meu riso.

Que eu saiba lidar com o veneno dos infelizes
e com as flechas dos julgadores
Que eu nunca esqueça quão abençoada e rara é a vida
Que eu nunca esqueça de orar agradecendo a vida

Para que exista mais arte, mais dança
Mais poesia, mais amor e mais calma
Que nunca me falte nada disto
E que a fé sempre transborde esperança

Luiza Nunes Pires Feijó
Mário Feijó

P.S. Este foi um texto que minha filha Luiza publicou em sua página no facebook e que eu transformei num poema.

ENTREGA POR AMOR



ENTREGA POR AMOR

Eu não tenho medo de me dar
O que me assusta são as consequências
Da entrega sem restrições

Minha seiva corre líquida
Por todo o meu caule
Até meus botões em flor

Abro-me ao sol
Não tenho medo do orvalho
E me exponho à luz do luar

Sou o brilho da névoa fina
Caindo nas tardes de inverno
Consolo-me com o frescor do sereno
Matando a sede de pequenos insetos

A luz é meu guia
Na minha mente não há mais
Pecados que se comete por amor
Abro cada pétala sem medo

Mário Feijó
27.08.14

terça-feira, 26 de agosto de 2014

PÉTALAS ABERTAS




PÉTALAS ABERTAS

Sempre tão consciente
O meu cérebro se expõe
Eu não quero luas decrescentes
Eu não quero marés vazantes

Torço sempre por luas cheias
Por rosas abertas, expostas,
Sem medo de se abrir
E de serem exploradas por insetos

Sou assim flor aberta
Jasmim que deixa de ser botão
Que exala perfumes ao mundo
Mandando recados ao vento

Venha! Não sou mais botão
Minhas pétalas se abriram em flor
Não se assuste com minha suavidade
Há muita cor no pólen que eu ofereço

Mário Feijó
26.08.14