quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O MEU DESEJO



O MEU DESEJO

Peço mais vida, mais amor
Mais pessoas de bem, mais coragem
Mais respeito à natureza
Mais sinceridade à vida.

Que nunca me falte calma
Que nunca me falte a alma
Que eu sempre deixe um pouco de mim
E me preencha com um pouco de tudo.

Que a calmaria faça morada em mim
Que vingança nenhuma me perturbe
E mal nenhum abale meu riso.

Que eu saiba lidar com o veneno dos infelizes
e com as flechas dos julgadores
Que eu nunca esqueça quão abençoada e rara é a vida
Que eu nunca esqueça de orar agradecendo a vida

Para que exista mais arte, mais dança
Mais poesia, mais amor e mais calma
Que nunca me falte nada disto
E que a fé sempre transborde esperança

Luiza Nunes Pires Feijó
Mário Feijó

P.S. Este foi um texto que minha filha Luiza publicou em sua página no facebook e que eu transformei num poema.

ENTREGA POR AMOR



ENTREGA POR AMOR

Eu não tenho medo de me dar
O que me assusta são as consequências
Da entrega sem restrições

Minha seiva corre líquida
Por todo o meu caule
Até meus botões em flor

Abro-me ao sol
Não tenho medo do orvalho
E me exponho à luz do luar

Sou o brilho da névoa fina
Caindo nas tardes de inverno
Consolo-me com o frescor do sereno
Matando a sede de pequenos insetos

A luz é meu guia
Na minha mente não há mais
Pecados que se comete por amor
Abro cada pétala sem medo

Mário Feijó
27.08.14

terça-feira, 26 de agosto de 2014

PÉTALAS ABERTAS




PÉTALAS ABERTAS

Sempre tão consciente
O meu cérebro se expõe
Eu não quero luas decrescentes
Eu não quero marés vazantes

Torço sempre por luas cheias
Por rosas abertas, expostas,
Sem medo de se abrir
E de serem exploradas por insetos

Sou assim flor aberta
Jasmim que deixa de ser botão
Que exala perfumes ao mundo
Mandando recados ao vento

Venha! Não sou mais botão
Minhas pétalas se abriram em flor
Não se assuste com minha suavidade
Há muita cor no pólen que eu ofereço

Mário Feijó
26.08.14

sábado, 23 de agosto de 2014

SONETO IN VERSO



SONETO IN VERSO

Eu já não sou mais criança
Porém mesmo na maturidade
Eu sou útil à vida

O amor não se apagou
Só tenho medo é de nele
Eu um dia me queimar

Brasas não se transformaram em cinzas
Elas crepitam dentro de mim
Como se o inferno
Aqui estivesse em festa

Sopre cinzas e meus pelos
Eriçados se atiçam
Feito gases inflamáveis
Que não podem se apagar...

Mário Feijó
23.08.14

METAMORFOSES DE UM PECADO



METAMORFOSES DE UM PECADO

A solidão nos impõe
Desejos pecaminosos
Algumas vezes induzindo
Ao caminho da luxúria

Há vezes em que no escuro
Eu já não sei que bicho sou
Ontem mesmo eu era uma lagartixa
E subia pelas paredes à tua procura

Noutro dia fui morcego
Tinha a cabeça virada.
Mas já fui cobra rastejante
Só para entrar na tua toca

O que eu gosto mesmo
É das horas em que sou flor
Só para te dar meu néctar
E te envolver no meu perfume...

Mário Feijó
23.08.14