terça-feira, 5 de novembro de 2013

LIBERDADE



LIBERDADE

Eu sou livre
Desde que ventre sai
Ganhei a luz e gritei
- Um pranto que não para –

Mesmo assim sou livre
Vou aonde quero
Amo com paixão
Entrego-me e me perco em ti

O meu sopro é livre
O meu querer também
Hoje todos a quem amei se foram
Libertados numa partida sofrida

Algumas vezes foi a finitude da vida
Noutras por terem cumprido suas missões
Quando o amor acabou feito chuva de verão
De tão livres deixaram somente as saudades...

Mário Feijó
05.11.13

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

...:Fábio Aiolfi:...: Poema: Timidez Curiosa - Mário Feijó

...:Fábio Aiolfi:...: Poema: Timidez Curiosa - Mário Feijó: Papéis escritos Para um analfabeto Tem o mesmo valor Para um gato curioso O analfabeto não sabe O que dizem os papéis O gato não sabe o ...

POEIRA



POEIRA

Parei de sonhar
Quando descobri
Que meus sonhos
São meus inimigos
Eles só sonham
Sonhos impossíveis...

Eu quero voar
E meus sonhos não
No entanto eu não consigo
Ao menos sair do chão...

E do chão só saio
Quando o vento me leva
Eu sou poeira e voo
O vento é meu amigo
Meus sonhos não...

Mário Feijó
03.11.13

COVARDE

COVARDE

Eu tenho medo da morte
Ou da forma e sofrimento
Com que ela aconteça

Porém eu acho mais covardes
Aqueles que têm medo do amor
Que fogem dele e da felicidade

Por amor eu faço qualquer coisa
Mesmo depois me arrependendo
O importante é viver a vida
Permitir-se viver todas as emoções

Eu até posso ser covarde
Diante da morte
Porém não sou covarde
Diante da vida...

Mário Feijó
04.11.13

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

AMOR TATUADO



AMOR TATUADO

Somos assim frágeis
Amamos um suspiro perdido
Florbela Espanca meu amor
D’eu o seu travestido
                    
Não era mais amor de irmão
Havia entre nós paixão
Estrela do mar por estrela do céu
Amor proibido, desilusão

Decadente um rastro deixou
Era a estrela sofrida
Cadente que por ali passou

Parecia sem marcas
Parecia sem dor
Foi tão forte e permanente
Que n’alma tatuou o amor...

Mário Feijó
01.11.13

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

AS DORES DO MUNDO



AS DORES DO MUNDO

Há em meu peito
Dores que nem são minhas
Sem donos, sem leito
Que adormecem comigo

Não conheço seus donos
Devem ser dores do mundo
Que o meu peito abriga

Eu não reclamo
Nem das minhas dores
Vou reclamar das dores do mundo?

Elas devem pertencer a alguém
Que por fraqueza não as suporta
 E por falta de forças
Abandonou-as em minha porta

Penalizado
Eu as adotei...

Mário Feijó
31.10.13