sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

ANTES OU DEPOIS



ANTES OU DEPOIS

Eu sonho com a alegria
Que um dia contigo
Poderia ter...

Pés no chão
Braços abertos
Cama quente...

Antes ou depois apenas

Um cálice de vinho sobre nossos corpos...

Mário Feijó
04.01.13

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

AMOR INESPERADO



AMOR INESPERADO

Eu não quero
Por medo de amar
Entregar-me ao comodismo
De ter alguém que me ama
E que eu não amo...

Tampouco quero
Deitar-me no colo
De um ex-amor
Por carência
Ou por solidão...

Eu quero um amor sonhado
Que pode ser inesperado
Fantasiado e não realizado
E nele construir pontes
Para em cima d’elas te encontrar...

Mário Feijó
03.01.13

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

LUZES QUE SE APAGAM



LUZES QUE SE APAGAM

Pipocavam no céu
Como se fossem estrelas cadentes
Os fogos na cidade
Onde um dia eu nasci

Ao fundo a decoração de natal
Ainda enfeitavam as ruas, as lojas,
Os prédios, as casas e na minha retina
Brilhavam estrelas risonhas

Para o lúdico, as cores, as luzes
O meu coração se acende
Bate como se eu fosse
Um de meus netos risonhos

Vejo nos olhos deles
Que eu moro ainda lá
E pouco a pouco deixo
As minhas luzes se apagarem...

Mário Feijó
03.01.13

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

ELES



“ELES”

Aonde quer que eu vá
O vento bate seus dedos
Nos vidros da minha janela

A lua, agora cheia de mim,
Esconde-se por entre as nuvens
Mas o vento sedutor assovia...

Esqueceram que não sou mais menino

porém meu coração arde em paixões adolescentes...

Mário Feijó
02.01.13

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

AMORES GENÉRICOS



BOCAS ÁVIDAS

Enquanto eu espero
Por um amor verdadeiro
Que se envolva em meus braços
Contento-me com os genéricos

E se a fórmula original
Não tiver sido destruída
Eu penso viver novamente
Mesmo que por instantes este sabor

Não há mais seres
Empolgados por viver histórias
Que tenham alguma continuidade
Querem somente emoções diárias diferentes

Para isto se atiram em baladas
Experimentando em bocas ávidas
Beijos sem originalidade
Amores genéricos de alguma fábrica chinesa...

Mário Feijó
31.12.12

domingo, 30 de dezembro de 2012

JOGOS DE AMOR



JOGOS DE AMOR

Houve uma injeção de vida
Em meu corpo envelhecido
Quando sorvi da tua pele jovem
A minha juventude perdida

Eu comia a tua carne
E lambia a tua pele
Feito ave de rapina faminta
Diante de um alimento novo

Ainda sobrevivo com
O que de ti restou
Porém são somente lembranças
O pouco que ainda ficou

Faltam-me noites insones
Com o teu corpo fazendo-se lençol
Para o meu que cansado
Clama por teus jogos de amor...

Mário Feijó
30.12.12