domingo, 31 de maio de 2020

LUZ À LUZ - Parabéns pra você





LUZ À LUZ

Parabéns pra você
que desde que nasceu
traz consigo uma pura energia

diz a lenda que era de felicidade
o tempo da espera da sua chegada...
salvo raríssimas excessões
acontece assim com todos nós

tocam-se trombetas nos céus
os anjos ficam em polvorosa
com aquele que vai nascer
que fará uma viagem à terra

a saudade por lá será eterna
até o dia em que você
deverá voltar para onde veio
enquanto isto não acontece

ouça os anjos que entoam cantos pra você
desde que você nasceu... Alegre-se!
viva porque viver é uma experiência
que deve ser comemorada todos os dias!!!

Mário R. Feijó
31.05.20



sexta-feira, 10 de abril de 2020

POEMA SEM SANGUE





POEMA SEM SANGUE

NÃO havia mais sentido
Naquele poema
Que estava ali seco
Pendurado ao sol

Murchara há dias
Secara há muitas horas
Tornara-se gagaia
Ou outra coisa sem sentido

A dor fugira do papel
Lágrimas não caíram por ali
E o peito de onde o grito saíra
Jazia num canto sem vida

Mário R. Feijó
10.04.2020

sábado, 4 de abril de 2020

POESIA NO ARAME




POESIA NO ARAME

Ontem, no arame,
Haviam poesias
Poemas inacabados
Tristes gagaias

Dos arames
O poema se soltava
Queria fugir
Faltava-lhes vida

A vida estava medrosa
Tinha receio de existir
Nela não havia mais rima
Tornara-se uma gagaia escrita no papel

Mário Feijó
04.04.2020

O PREDADOR


O PREDADOR

Quem dera tivessem sobrado
Coisas férteis na terra
Que os frutos fossem de esperança
Que do solo brotassem novos seres

Mesmo que não fossem reconhecidas
Como espécies conhecidas
Mas que nos dessem alento
Neste nosso novo viver

Olho para o lado
Vejo sombras inexistentes
Flores que ainda perfumam

Animais que sobrevivem
Agora que o homem não é mais
O maior predador...

Mário Feijó
04.04.2020

segunda-feira, 23 de março de 2020

AREIA E PEDRAS




AREIA E PEDRAS

Roubaram-me as pedras
Com as quais eram construídos
Meus dizeres de amor

Afundei inteiro
Em areia movediça
Meus pensamentos caíram
Em um buraco negro

A paz que eu tinha
Virou bruma de inverno
Dissipada pelo sol
Quando o dia encorpa

E a minha mente
Tornou-se areia fina
Que tentei segurar com as mãos
Escorrendo nelas meus pensamentos

Mário Feijó
23.03.2020

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

TUDO PASSA DEVAGAR




TUDO PASSA DEVAGAR

Eu já tive pressa
A vida me ensinou
A ser vagaroso e sincero

Tudo ficou mais fácil
Choro menos pelo sofrimento
Cresço mais apesar da dor

O sol continua a se abrir
As nuvens lavam-me a alma
Encharcando a terra sedenta

As flores abrem-se e dão frutos
A fome continua a pedir alimentos
Da terra continua a surgir vida
Árvores que o desatino corta

Mário R. Feijó
18.02.2020

REFERÊNCIAS


REFERÊNCIAS

FEIJÓ, M. Encontros & Emoções. Florianópolis: UFSC. 60p. 1987.
FEIJÓ, M. Permita-se... Florianópolis/Capão da Canoa: SECCO. 144p. 2007. ISBN 978-85-98128-7-8.
FEIJÓ, M. Os filhos da enxurrada. Florianópolis/Capão da Canoa: Secco, 2008/2009. 160p. Il. ISBN 978-85-98128-24-5.
FEIJÓ, M. A magia do Amor. Porto (Portugal): Corpos editora. 124p. 2009. http://www.corposeditora.com/site/coleccoes.asp?idcoleccao=29&pag=2
FEIJÓ, M. Em cada ser que passa vejo você. In: COSTA, D. FERNANDES, J. e BRAGA, S. (Org.). Antologia - Academia de Escritores do Litoral Norte Gaúcho, p. 42. Osório/Florianópolis: Secco. 2009. 62p. ISBN 978-85-98128-28-3
FEIJÓ, M. Fugindo das horas. In: COSTA, D. FERNANDES, J. e BRAGA, S. (ORG.). Antologia - Academia de Escritores do Litoral Norte Gaúcho, p. 43. Osório/Florianópolis: Secco. 2009. 62p. ISBN 978-85-98128-28-3
FEIJÓ, M. O sabor que tu tens (poema I). p. 116. In: Projeto Literário Delicatta IV. São Paulo: Scortecci, 2009. 264p.
FEIJÓ, M. Você está pronto (poema II). p. 117. In: Projeto Literário Delicatta IV. São Paulo: Scortecci, 2009. 264p.
FEIJÓ, M. A magia do amor (poema III). p. 118. In: Projeto Literário Delicatta IV. São Paulo: Scortecci, 2009. 264p.
FEIJÓ, M. A MAGIA DO AMOR. In: COSTA, D. FERNANDES, J. e BRAGA, S. Antologia - Academia de Escritores do Litoral Norte Gaúcho, p. 42. Osório/Florianópolis: Secco. 2009. 62p.
FEIJÓ, M. Com amor no coração. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano IV, n.16, out./dez. 08. p. 21. Porto Alegre: Caravela, 2008. 63p. Il.
FEIJÓ, M. O brilho da amizade. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano IV, n.16, out./dez. 08. p. 61. Porto Alegre: Caravela, 2008. 63p. Il.
FEIJÓ, M. Palavras que curam. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.17, jan./mar. 09. p. 10. Porto Alegre: Caravela, 2009. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Ser humano. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.17, jan./mar. 09. p. 18. Porto Alegre: Caravela, 2009. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Vermelho Paixão. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.17, jan./mar. 09. p. 53. Porto Alegre: Caravela, 2009. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Ser humano. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.17, jan./mar. 09. p. 18. Porto Alegre: Caravela, 2009. 64p. Il.
FEIJÓ, M. O sorriso: janela da alma. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.18/19, abr./set. 09. p. 14. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJÓ, M. Cão e gato. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.18/19, abr./set. 09. p. 25. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJÓ, M. A magia do amor. In: POETAS DEL MUNDO EM POESIA, v. I. p. 150/1. Campo Grande: Gibim. Abril 2008. 208p. ISBN 978-85-61160-02-09
FEIJÓ, M. Pescador de almas. In: POETAS DEL MUNDO EM POESIA, v. II. p. 57/8. Campo Grande: Gibim. Agosto 2008. 78p. ISBN 978-85-61160-03-06
FEIJÓ, M. As borboletas não deixam marcas nas flores. In: VERONEZE, S. (org.). Caderno Literário, v. I. p. 95/6. Porto Alegre: Pragmatha. 2008. 136p. ISBN 978-85-62310-00-3
FEIJO, M. As lições que a vida ensina. In: VIEIRA, D. (Org.) Coletânea dos 44 melhores Poemas de 2008. 2º. Concurso de Poesia – ABRACI/RJ, p. 55. Rio de Janeiro: IMOS. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Apresentação. In: VERONEZE, S. (org.). O IMAGINÁRIO DO MAR E DO NAVEGADOR - Caderno Literário, v. I. p. 07/8. Porto Alegre: Pragmatha. 2009. 66p. ISBN 978-85-62310-00-3
FEIJÓ, M. O pescador e o mar. In: VERONEZE, S. (org.). O IMAGINÁRIO DO MAR E DO NAVEGADOR - Caderno Literário, v. I. p. 37. Porto Alegre: Pragmatha. 2009. 66p. ISBN 978-85-62310-00-3
FEIJÓ, M. Um dia você aprende. In: Poeta Mostra a tua Cara, v. 6. XVII Congresso Brasileiro de Poesia. Bento Gonçalves, out. 2009, p. 154/155. Bento Gonçalves: Grafite. 2009. 256p. Il. ISBN 978-85-62689-04-8
FEIJÓ, M. Senhor dos Versos. In: Poeta Mostra a tua Cara, v. 6. XVII Congresso Brasileiro de Poesia. Bento Gonçalves, out. 2009, p. 156. Bento Gonçalves: Grafite. 2009. 256p. Il. ISBN 978-85-62689-04-8...
FEIJÓ, M. ESTAÇÃO DE PERDAS. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.20, nov./dez. 09. p. 08. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJÓ, M. F. Alma em Transe. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.20, nov./dez. 09. p. 52. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJÓ, M. Rito de Passagem. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano V, n.20, nov./dez. 09. p. 60. Porto Alegre: Caravela, 2009. 72p. Il.
FEIJO, M. SILENCIO. IN: BORDIN, R. & JUNG, R.R. Prosa e verso – ÁGUIA ANTOLOGIA. p. 95. Gramado : Hortênsias. 2009. 152p.
FEIJO, M. um dia você aprende. IN: BORDIN, R. & JUNG, R.R. Prosa e verso – ÁGUIA ANTOLOGIA. p. 96. Gramado : Hortênsias. 2009. 152p.
FEIJÓ, M. Eu poderia ser um peixe. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.21, jan./mar. 10. p. 25. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Ser Homem In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.21, jan./mar. 10. p. 45. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Lábios que murmuram... In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.21, jan./mar. 10. p. 33. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Ser Homem In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.21, jan./mar. 10. p. 45. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. MANDALA In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.22, abr./jun. 10. p. 28. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. AMOR E FLOR / Dos teus olhos. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.22, abr./jun. 10. p. 42. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Queridos amigos. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.22, abr./jun. 10. p. 43. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Alma de borboleta. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.23, jul./set. 10. p. 22. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. AS MARCAS DO VENTO. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.23, jul./set. 10. p. 23. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. CASAL DE AFRICANOS (Tela acrílico s/ MDF. In: SOARES, A. (Editor). CAOSÓTICA. Ano VI, n.23, jul./set. 10. p. 40. Porto Alegre: Caravela, 2010. 64p. Il.
FEIJÓ, M. Anjos em revoada/Angeli in volo. In: III Antologia Italo-brasileira de Letras e Artes. Quando os povos se encontram. Niterói: Comunitá. P. 32 e 41. 2010. 118p.
FEIJÓ, M. Amor Perfeito. In: Cronistas, contistas e poetas contemporâneos. Série Esmeralda. MOREIRA, L. (organizadora), p.90. São Paulo: Scortecci, 2010. 274p. ISBN 978-85-366-1886-9.
FEIJÓ, M. Alma em Transe. In: Cronistas, contistas e poetas contemporâneos. Série Esmeralda. MOREIRA, L. (organizadora), p.91. São Paulo: Scortecci, 2010. 274p. ISBN 978-85-366-1886-9.
FEIJÓ, M. Amores Liláses. In: Cronistas, contistas e poetas contemporâneos. Série Esmeralda. MOREIRA, L. (organizadora), p.92. São Paulo: Scortecci, 2010. 274p. ISBN 978-85-366-1886-9.

FEIJÓ, M. Lágrimas são diamantes / Nossas vontades / Quem notará um apaixonado? / Marcas que deixamos. In: BACCA, A. &

FEIJO, M. ônibus não são poéticos (p.30) / Amor Perfeito (p. 59); chá com leite e mel (p. 60);  / há um pouco de Deus em nós (p. 61); / eu sinto tua falta (p. 63). In: FEIJÓ, M.; MONTANO, E. & SANTOS, M. S. Antologia II (academia dos escritores do litoral norte – RS). p.30. Porto Alegre : Pragmatha. 2010. 92p.
FEIJO, M. Amor Perfeito. In: FEIJÓ, M.; MONTANO, E. & SANTOS, M. S. Antologia II (academia dos escritores do litoral norte – RS). p.59. Porto Alegre : Pragmatha. 2010. 92p.
FEIJO, M. chá com leite e mel. In: FEIJÓ, M.; MONTANO, E. & SANTOS, M. S. Antologia II (academia dos escritores do litoral norte – RS). p.60. Porto Alegre : Pragmatha. 2010. 92p.
FEIJO, M.). há um pouco de Deus em nós. In: FEIJÓ, M.; MONTANO, E. & SANTOS, M. S. Antologia II (academia dos escritores do litoral norte – RS). p. 61. Porto Alegre : Pragmatha. 2010. 92p.
FEIJO, M.  eu sinto tua falta. In: FEIJÓ, M.; MONTANO, E. & SANTOS, M. S. Antologia II (academia dos escritores do litoral norte – RS). p.63. Porto Alegre : Pragmatha. 2010. 92p.
FEIJO, M. IN: Poeta mostra a tua cara. V.7, p. 100-102. Bento Gonçalves: Grafite. 2010. 164p. il. ISBN: 978-85-62689-32-1.
FEIJO, M. PERMITA-SE! (Poesias). Jundiai : Paço editorial. 112p.
FEIJO, M. O MENINO MOLHADO. In: FEIJO, M.; MONTANO, E.; SANTOS, M. S. Antologia III (Academia dos Escritores do Litoral Norte – RS., p. 30-31. Capão da Canoa : Secco ed. 2011. 112p.
FEIJO, M. O TAMANHO DO AMOR (poema). In: FEIJO, M.; MONTANO, E.; SANTOS, M. S. Antologia III (Academia dos Escritores do Litoral Norte – RS., p. 66. Capão da Canoa : Secco ed. 2011. 112p.
FEIJO, M. DORES E ANJOS (poema). In: FEIJO, M.; MONTANO, E.; SANTOS, M. S. Antologia III (Academia dos Escritores do Litoral Norte – RS., p. 67. Capão da Canoa : Secco ed. 2011. 112p.
FEIJO, M.  QUEM PLANTA AMOR COLHE PERFUMES (poema). In: FEIJO, M.; MONTANO, E.; SANTOS, M. S Antologia III (Academia dos Escritores do Litoral Norte – RS., p. 68. Capão da Canoa : Secco ed. 2011. 112p.
FEIJO, M. FALANDO DE NÓS. (poema). In: FEIJO, M.; MONTANO, E.; SANTOS, M. S Antologia III (Academia dos Escritores do Litoral Norte – RS., p. 69. Capão da Canoa : Secco ed. 2011. 112p.
FEIJO, M. Daiane. p. 78-80. In: CHEUICHE, A. (org.). aos ventos do mar e da lagoa. Porto Alegre : corag. 2011. 144p.
FEIJO, M. lágrima tatuada. p. 80-84. In: CHEUICHE, A. (org.). aos ventos do mar e da lagoa. Porto Alegre : corag. 2011. 144p.
FEIJO, M. Destino, p. 84-86. In: CHEUICHE, A. (org.). aos ventos do mar e da lagoa. Porto Alegre : corag. 2011. 144p.
FEIJO, M. Eu sou o que tenho por aprender (org.). Arroio do Sal : Pragmatha. 2011. 72p.
FEIJO, M. O que eu aprendi não me basta (org.). Arroio do Sal : EVANGRAF. 2012. 88p.
FEIJO, M. Enaltecendo Mia Couto.   In: MONTANO, E., SOARES, L. et. all. ANTOLOLOGIA IV (Academia dos escritores do litoral norte – RS, p. 59-61. Porto Alegre :  EVANGRAF. 2014.
FEIJO, M. BRASAS NOS OLHOS.   In: MONTANO, E., SOARES, L. et. all ANTOLOLOGIA IV (Academia dos escritores do litoral norte – RS, p. 61-62. Porto Alegre :  EVANGRAF. 2014.
FEIJO, M. AS DORES DO MUNDO. In: MONTANO, E., SOARES, L. et. all. ANTOLOLOGIA IV (Academia dos escritores do litoral norte – RS, p. 103. Porto Alegre :  EVANGRAF. 2014.
FEIJO, M. NEVE DERRETIDA. In: MONTANO, E., SOARES, L. et. all. ANTOLOLOGIA IV (Academia dos escritores do litoral norte – RS, p. 104. Porto Alegre :  EVANGRAF. 2014.
FEIJO, M. PARA TE SEDUZIR. In: VITORINO, C., MONTANO, E. L. & FEIJÓ, M. ANTOLOLOGIA IV (Academia dos escritores do litoral norte – RS, p. 105. Porto Alegre :  EVANGRAF. 2014.
FEIJO, M. Isto é Felicidade. (contos e crônicas). Porto Alegre : EVANGRAF. ISBN 978-85-6784-801-3. 2014. 146p.
FEIJÓ, M. NO MUNDO DOS DUENDES. In: VITORINO, C., MONTANO, E. L. & FEIJÓ, M. ANTOLOGIA V (academia dos escritores do litoral norte – RS). p.79-80. Porto Alegre : EVANGRAF. 2015. 166p.
FEIJO, M. A MENINA RUIVA E O GOLFINHO AZUL. In: OLIVEIRA, C. M.; MALLMITH, D. M.; SILVA, G. F. M. et. all.  ANTOLOGIA V (academia dos escritores do litoral norte – RS). p.79-80. Porto Alegre : EVANGRAF. 2015. 166p.
FEIJO, M. A TUA GEOGRAFIA (poema). In: VITORINO, C., MONTANO, E. L. & FEIJÓ, M. ANTOLOGIA V (academia dos escritores do litoral norte – RS). p.118. Porto Alegre : EVANGRAF. 2015. 166p.
FEIJÓ, M. BEIJOS ESTALADOS (poema). In: VITORINO, C., MONTANO, E. L. & FEIJÓ, M. ANTOLOGIA V (academia dos escritores do litoral norte – RS). p.119. Porto Alegre : EVANGRAF. 2015. 166p.
FEIJO, M.  ENTRE O CHEIRO DE CAFÉ E A MARESIA (crônica). In: VITORINO, C. & SOARES, L. S. ANTOLOGIA VI (Academia dos escritores do litoral Norte – RS). p. 71-72. PORTO ALEGRE : AELN. 2017. 112p.
FEIJO, M. carta a um amor perdido (crônica). In: VITORINO, C. & SOARES, L. S. ANTOLOGIA VI (Academia dos escritores do litoral Norte – RS). p. 73-74. PORTO ALEGRE : AELN. 2017. 112p.
FEIJO, M. Abençoado eu (poema). In: VITORINO, C. & SOARES, L. S. ANTOLOGIA VI (Academia dos escritores do litoral Norte – RS). p. 75. PORTO ALEGRE : AELN. 2017. 112p.
FEIJO, M. Amor e café quente (poema). In: VITORINO, C. & SOARES, L. S. ANTOLOGIA VI (Academia dos escritores do litoral Norte – RS). p. 76. PORTO ALEGRE : AELN. 2017. 112p.
FEIJO, M. A menina e a lagartixa (fábula). In: OLIVEIRA, C. M. MALLMITH, D. M.; SILVA, G. F. M. et. all. ANTOLOGIA VII – Literatura, vento e mar. P.65-67. Porto Alegre : AELN. 2018.160p.
FEIJO, M. quebra-cabeças (poema). In: OLIVEIRA, C. M. MALLMITH, D. M.; SILVA, G. F. M. et. all. ANTOLOGIA VII – Literatura, vento e mar, p.114. Porto Alegre : AELN. 2018.160p.
FEIJO, M. presente (poema). In: OLIVEIRA, C. M. MALLMITH, D. M.; SILVA, G. F. M. et. all. ANTOLOGIA VII – Literatura, vento e mar. p.115. Porto Alegre : AELN. 2018.160p.
FEIJO, M. sapatinho de lã. In: OLIVEIRA, C. M.; MALLMITH, D. M.; SILVA, G. F. M. et. all.  Ecos Litorâneos - ANTOLOGIA VIII -   Academia dos escritores do litoral norte – RS). p.48. Porto Alegre : AELN. 2019. 190p. ISBN 978-85-7146-047-8.
FEIJO, M.  E o vento levou (poema). In: OLIVEIRA, C. M.; MALLMITH, D. M.; SILVA, G. F. M. et. all.  Ecos Litorâneos - ANTOLOGIA VIII (Academia dos escritores do litoral norte – RS). p.48. Porto Alegre : AELN. 2019. 190p. ISBN 978-85-7146-047-8.
FEIJO, M. Vamos ressuscitar o amor (poema). In: OLIVEIRA, C. M.; MALLMITH, D. M.; SILVA, G. F. M. et. all.  Ecos Litorâneos - ANTOLOGIA VIII (Academia dos escritores do litoral norte – RS). p.48. Porto Alegre : AELN. 2019. 190p. ISBN 978-85-7146-047-8.




segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

DORES D’ALMA




DORES D’ALMA     - crônicas

                Eu tenho me perguntado muito, ultimamente, de que matéria foram construídos os seres humanos. Todos andam tão frios, distantes. Ninguém mais sente falta de beijos, abraços fraternos, de amor de verdade. Parece que todos se bastam.
Eu sinto falta de tudo isto. Parece que ninguém mais sabe ser verdadeiro. Nem filhos, nem irmãos, nem os demais parentes. Os que se dizem amigos também estão distantes. Por que será que eu não sei agir assim?
Quando eu penso em amor, carinho, amizade, fraternidade penso em Felicidade – minha avó Felícia – ela é o meu padrão, minha base. Ela me agasalhava entre sua barriga roliça e seu peito gordo de uma forma tal que, talvez, nem no útero de minha mãe eu tivesse sido tão acolhido e feliz.
E, quando eu falo em Felicidade é algo que não tem limites. Lembro que não havia falsidade, nem mesmo quando eu a vida esconder seu prato de comida embaixo da cama, só pra dizer à visita que chegava em má hora que não comia porque não tinha fome. Penso, com minha cabeça de criança, que era uma forma de dizer eu tenho fome de abraços. Venha e me abrace, não me abandone por muito tempo.
Eu não saberia usar tais métodos, mas confesso que também sou e estou sempre carente de abraços.
Eu amo as pessoas intensamente, porém sempre me parece que elas não têm nada para dar. E, muitas delas, a quem eu já dei muito amor, não sabem mais trocar carinho. Trocar por nada, só pra ver o outro sorrir. Outras simplesmente me viraram as costas, porque se bastam. Fiquei meio “gato escaldado” e não corro mais atrás de ninguém, tenho medo de água fria. Odeio mentiras e traições, e sempre tentam me enredar em alguma delas.
Muita gente acha que não preciso de nada. Não mereço presentes. Porém, continuo a mesma criança carente que já passou fome. Fico feliz quando sou lembrado, quando ganho uma flor, um chocolate ou um pote de balas. Parece mais fácil julgar e condenar. Cada um usa de métodos cruéis para julgar os outros, mas ninguém usa-os para julgar a si mesmo, ou se colocar no lugar do outro. Fica mais fácil condenar.
Eu tenho muitas dores, desde adolescente. Dores no corpo e na alma. Já senti muita rejeição e a maioria me olha como se eu tivesse muito dinheiro e nenhuma dor. Gostaria de ter tanto dinheiro quanta dor que tenha afligido meu corpo e minha alma, porém não vou reclamar. Não quero dó. Sempre procurei o amor e continuo a fazê-lo.
Eu era tão feliz quando criança, uma criança que cantava ouvindo o rádio bem alto, aí uma vizinha contava para meu pai, que me batia por ter feito muito barulho. Coisas inocentes, mas castradoras. Comecei a escrever dores em poemas, amores em prosa. Foi minha forma silenciosa de me expor. Tornei-me um artista frustrado embora continue a fazer arte aleatoriamente. Não falava de minhas dores n´alma, agora falo porque são apenas cicatrizes. Embora as dores no corpo tenham ficado toda vez que o frio aparece. É como se o meu cobertor fosse arrancado e os ossos doam devido ao choque térmico. Nunca falei isto, até porque nunca fui suficiente amado para criar uma cumplicidade que me aquecesse e me curasse a alma.
Continuo sentindo a falta de amores fraternos. Falta-me o calor do fogão à lenha de vovó e seus braços pequeninos me enlaçando e me curando das feridas que a vida me impôs. Faltam-me abraços sinceros para curar minhas dores...

Mário Feijó
Janeiro/ 2020

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

SUPER-HERÓI




SUPER-HERÓI

Apenas tirou os óculos
E descobriu-se super-herói
Daqueles que toda criança admira
E todo adulto gosta de ver

Era como se eu entrasse
Em um novo mundo
Um mundo que não era mais meu
Mas um mundo que era exclusivo teu

Da tua boca eu vi sair um sorriso
Era a felicidade que um dia eu busquei
Parecia ser um sonho
Fiquei me beliscando, mas não acordei

Simplesmente depois do sorriso
Botaste tua capa de super-homem
E voaste pela porta ou janela
E eu pra minha realidade voltei...

Mario Feijó
17.01.2020




LUZ QUE SANGRA




Luz
Apenas um filete
Rasga a escuridão
Como se fora uma navalha
Rasgando a noite que sangra

Sangra
A noite rasgada por luz
De uma lua vermelha
Em tempos quentes
De um árido verão

Verão
Com corpos dourados
Espalhados na branca areia
Volta e meia
Mergulhados no mar

Mar
Gaivotas que balouçam
Ondas batendo na areia
Ostras, siris, caranguejos
Maresia
Luz...

Mário Feijó
18.01.2020



terça-feira, 7 de janeiro de 2020

DORES SILENCIOSAS


DORES SILENCIOSAS

Muitos natais passaram
E você levou consigo
Parte da tua alma
Que em mim habitava

Eu descobri contigo
Uma maneira de amar
Até então desconhecida

A vida já me ensinou muito
Sobre amores e desamores
Calejou em minh’alma muitas desilusões

Agora na saudade eu viajo
Nas Felicidades que tive
Vovó sempre me inspira
E eu não desisto de honrar seu nome

Continuo catando conchas no mar
Contando estrelas no céu
Na esperança de que um dia
Em qualquer galáxia encontre
A Felicidade perdida
Vou trocando com o mar
Umas conversas de amor...

Mário R. Feijó
25.12.19

sábado, 21 de dezembro de 2019

SONHOS DE NATAL





SONHOS DE NATAL

                Desde criança eu tinha sonhos. Nenhum deles era impossível, porém cuidar dos meus pais, depois dos irmãos, logo em seguida dos filhos e depois dos netos foram pedras no caminho para meus sonhos, um pouco bobos, hoje eu diria.
No entanto nunca lamentei as pedras em meu caminho, elas serviram para meu descanso e reflexão. Se eu tivesse seguido meus impulsos e sonhos, talvez nem estivesse mais aqui. Família e amigos sempre foram a minha base mais sólida.
Hoje, praticamente não cuido de mais ninguém, mas meus amigos se tornaram a minha tábua de salvação na busca por felicidade. Sim, meus amigos, aqueles que estão próximos, física e espiritualmente, porque a família de um modo geral voou, feito pássaros saídos do ninho, alguns de forma ingrata e até traiçoeira, mas foi parto sem dor. No entanto os amigos permaneceram aquecendo meu corpo e minha alma. Por isto agradeço o carinho de todos e o seu calor humano em minha vida.
O natal é apenas uma data que me faz lembrar todos os dias que eu devo comemorá-lo não somente dia 25 de dezembro, mas todos os dias da minha vida. Os sonhos? Continuo a alimentá-los como filhotes no ninho, quem sabe um dia os filhos voltem pra perto num alento à minha solidão na alma, mas porque querem o calor do meu amor que transborda agora para os amigos...

Mário Feijó
21.12.19

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

POR POUCO, MUITO POUCO!




POR POUCO, MUITO POUCO!

Foi por pouco, muito pouco
Que em algumas vezes
Eu quase morri
Diante de alguns acidentes

Foi por pouco, muito pouco
Que com apenas dez anos quase
Deixei me levar por desconhecidos
Que me convidaram pra ir pra São Paulo

Foi por pouco, muito pouco
Que muitas vezes deixei de viajar
Pensar um pouco mais em mim
Pensando em como ficariam os “outros”

Foi por pouco, muito pouco
Que eu adiei momentos felizes, viagens
E optei por uma vida pacata
Ficando numa zona de segurança

Agora nada mais importa
Comecei a me amar mais
A pensar primeiro no que me faz bem
Se eu serei ou se eu sou feliz: o tempo vai dizer!

Mário Feijó
03.12.19

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

O QUE BALANÇA VOCÊ?





O QUE BALANÇA VOCÊ?

            A vida é um eterno balanço, joga-nos sempre de um lado para o outro. Algumas vezes optamos por ir e vir, noutras o destino nos joga pra lá e pra cá.
Faz algum tempo que eu não faço mais planos. Não sei se é por este ponto final que ela nos impõe quando vamos ganhando idade e percebendo que temos menos tempo a viver, do que o tempo vivido ou porque ela quer tudo diferente, imprevisível...
Eu sigo vivendo meus dias como se cada um deles fosse o último. Tento amar as pessoas sem perguntar se elas têm amor pra dar, ou se amanhã vão embora da minha vida. Eu penso que viver bem dá exemplo àqueles que exigem demais dela.
Penso ainda que quando vemos: o dia já se foi. Quando nos tocamos: o ano acabou. E a cronologia da vida é cruel: acumulamos idade, rugas e sem sorrisos: rancores.
Hoje na cadeira de balanço da vida: relaxo.
Na vida o desamor, a ingratidão e a falsidade tiram meu chão e eu balanço algumas vezes caindo no chão.
Quero abrir meus olhos e ver o céu, ver as ondas do mar e me deixar balançar feito a gaivota que flana ao sabor do vento. Um vento que sopra diante de uma consciência tranquila do dever cumprido, sem culpas, sem rancor, com amor no peito, amando-me e respeitando-me em primeiro lugar, porque sei que para estar bem com os outros eu preciso estar bem comigo e continuar até o fim minha proposta de bem viver.
Então como diz a música de Martinho da Vila:
“Deixa a vida me levar / vida leva eu / deixa a vida me levar / vida leva eu” e que o vento me balance pra lá e pra cá...
E você? O que te balança?

Mário Feijó
02.12.19