sexta-feira, 10 de abril de 2020

POEMA SEM SANGUE





POEMA SEM SANGUE

NÃO havia mais sentido
Naquele poema
Que estava ali seco
Pendurado ao sol

Murchara há dias
Secara há muitas horas
Tornara-se gagaia
Ou outra coisa sem sentido

A dor fugira do papel
Lágrimas não caíram por ali
E o peito de onde o grito saíra
Jazia num canto sem vida

Mário R. Feijó
10.04.2020

Nenhum comentário: