O QUE BALANÇA VOCÊ?
A vida é um eterno balanço, joga-nos sempre de um lado
para o outro. Algumas vezes optamos por ir e vir, noutras o destino nos joga
pra lá e pra cá.
Faz
algum tempo que eu não faço mais planos. Não sei se é por este ponto final que
ela nos impõe quando vamos ganhando idade e percebendo que temos menos tempo a
viver, do que o tempo vivido ou porque ela quer tudo diferente, imprevisível...
Eu
sigo vivendo meus dias como se cada um deles fosse o último. Tento amar as pessoas
sem perguntar se elas têm amor pra dar, ou se amanhã vão embora da minha vida. Eu
penso que viver bem dá exemplo àqueles que exigem demais dela.
Penso
ainda que quando vemos: o dia já se foi. Quando nos tocamos: o ano acabou. E a
cronologia da vida é cruel: acumulamos idade, rugas e sem sorrisos: rancores.
Hoje
na cadeira de balanço da vida: relaxo.
Na
vida o desamor, a ingratidão e a falsidade tiram meu chão e eu balanço algumas
vezes caindo no chão.
Quero
abrir meus olhos e ver o céu, ver as ondas do mar e me deixar balançar feito a
gaivota que flana ao sabor do vento. Um vento que sopra diante de uma consciência
tranquila do dever cumprido, sem culpas, sem rancor, com amor no peito, amando-me
e respeitando-me em primeiro lugar, porque sei que para estar bem com os outros
eu preciso estar bem comigo e continuar até o fim minha proposta de bem viver.
Então
como diz a música de Martinho da Vila:
“Deixa
a vida me levar / vida leva eu / deixa a vida me levar / vida leva eu” e que o
vento me balance pra lá e pra cá...
E
você? O que te balança?
Mário
Feijó
02.12.19
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