quinta-feira, 7 de agosto de 2014

BREVIDADE DO AMOR



BREVIDADE DO AMOR

As pessoas, hoje, vivem cada vez mais.
Os amores... cada vez menos.
Mário Feijó

Com o avanço da ciência
A melhoria na qualidade de vida
A saúde, mesmo que precária, melhorou
Ganhamos longevidade

No entanto o amor
Está morrendo cada vez mais cedo
Há uniões acabando na lua-de-mel
E o casamento está em “observação”

O amor foi banalizado
O namoro agora “fica”
Em banho-maria e na “geladeira”

Beija-se trinta numa noite
Há uma olimpíada de pegação
Ninguém é mais de ninguém...

Mário Feijó
07.08.14

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O CONDOR



O CONDOR

Eu não mais lamento
As dores que tenho
As dores que sinto
As dores daqueles que me fazem sofrer:
Estou vivo e viver é o remédio para elas...

Enquanto somos jovens
Tudo é muito fácil
Dores temos somente
Quando caímos ou batemos em algo
Raramente dores são permanentes
A vida nos faz sorrir mais...

Nas montanhas voam as águias
Nos Andes passa o Condor
Na terra vivem os homens de boa vontade
Alguns felizes outros com dor...

Mário Feijó
06.08.14

O VENENO



O VENENO

Envenenando-se como você faz
Com alimentos para matar uma fome
Que nem sua alma suporta
Ou com palavras ferinas
Jogando as pessoas
Umas contra as outras
São formas de suicídio
Que condenam o espírito
A um inferno de ignorância.
E aos poucos
Pensando que destróis fora de ti
Matas apenas teu espírito ignorante...

Mário Feijó
06.08.14

terça-feira, 5 de agosto de 2014

LENÇO DE PAPEL



LENÇO DE PAPEL

No criado mudo apenas
Um lenço de papel molhado
Escondendo segredos
Da minha saudade por ti

Queria-te perto
Para poder te tocar
Então sai de dentro de mim
Suores expressos em desejos

Exalo sentimentos
Em suores e gozos
Que eu deixei fluir para relaxar

Se não estavas aqui
Para me tocar toco eu
Com um lenço de papel
Nas lágrimas que rolaram...

Mário Feijó
05.08.14

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

SAUDADE QUE SE REPETE



TODOS OS DIAS A SAUDADE SE REPETE


Enquanto o vento
Assovia na janela
Em lenta e ritmada provocação
O meu coração lento
Bate clamando tua ausência...

Ele é surdo e eu cego
Pois não te encontro em meus dias
Que têm sol, têm flores,
Têm até o barulho do mar
Mas também têm
As tuas saudades a se repetirem...

Mário Feijó
04.08.14