quarta-feira, 6 de agosto de 2014

O CONDOR



O CONDOR

Eu não mais lamento
As dores que tenho
As dores que sinto
As dores daqueles que me fazem sofrer:
Estou vivo e viver é o remédio para elas...

Enquanto somos jovens
Tudo é muito fácil
Dores temos somente
Quando caímos ou batemos em algo
Raramente dores são permanentes
A vida nos faz sorrir mais...

Nas montanhas voam as águias
Nos Andes passa o Condor
Na terra vivem os homens de boa vontade
Alguns felizes outros com dor...

Mário Feijó
06.08.14

O VENENO



O VENENO

Envenenando-se como você faz
Com alimentos para matar uma fome
Que nem sua alma suporta
Ou com palavras ferinas
Jogando as pessoas
Umas contra as outras
São formas de suicídio
Que condenam o espírito
A um inferno de ignorância.
E aos poucos
Pensando que destróis fora de ti
Matas apenas teu espírito ignorante...

Mário Feijó
06.08.14

terça-feira, 5 de agosto de 2014

LENÇO DE PAPEL



LENÇO DE PAPEL

No criado mudo apenas
Um lenço de papel molhado
Escondendo segredos
Da minha saudade por ti

Queria-te perto
Para poder te tocar
Então sai de dentro de mim
Suores expressos em desejos

Exalo sentimentos
Em suores e gozos
Que eu deixei fluir para relaxar

Se não estavas aqui
Para me tocar toco eu
Com um lenço de papel
Nas lágrimas que rolaram...

Mário Feijó
05.08.14

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

SAUDADE QUE SE REPETE



TODOS OS DIAS A SAUDADE SE REPETE


Enquanto o vento
Assovia na janela
Em lenta e ritmada provocação
O meu coração lento
Bate clamando tua ausência...

Ele é surdo e eu cego
Pois não te encontro em meus dias
Que têm sol, têm flores,
Têm até o barulho do mar
Mas também têm
As tuas saudades a se repetirem...

Mário Feijó
04.08.14

sábado, 2 de agosto de 2014

CHEGA DE ADEUS



CHEGA DE ADEUS

A vida não nos ensinou
A dizer adeus a quem amamos
Porque com certa facilidade
Amamos pessoas, animais e coisas

Cedo mãe foi embora
Quando no dia anterior estava sorrindo
E eu nem pude dizer
O quanto lhe amava

Muito mais, mas muito mais cedo
Meu filho mais moço fez o mesmo
E pelo pouco amor que lhe dei
Ficou uma sensação de culpa

Minha avó foi tarde
Não num sentido maldoso
Viveu intensamente quase cem anos
Deixou em mim a semente de todos os amores...

Mário Feijó
03.08.14