quinta-feira, 29 de maio de 2014

ANIMAIS



ANIMAIS

João de Barro constrói chalé
Homem dorme no chão
Inteligente João, pobre homem...

Mário Feijó
29.05.14




PRAÇA

Voando passa o beija-flor
Latindo estão os cachorros
Sorrindo brinca um homem...

Mário Feijó
29.05.14
 


quarta-feira, 28 de maio de 2014

FÉ É APRENDIZADO



FÉ É APRENDIZADO

O que Deus não cura
Serve-nos de lição e aprendizado!

Ter fé e acreditar
Ajuda em todas as curas...

Mário Feijó
28.05.14

terça-feira, 27 de maio de 2014

VERSOS PARA UM AMOR “DESACONTECIDO”



VERSOS PARA UM AMOR “DESACONTECIDO”

Eu já não tenho dor
Se tu resolveste ir embora
Renascemos das cinzas
Eu acredito agora

Eu tenho saudades
Da outra que está viva
E que por pudores
Deixa meus pés gelados

Há em seus cabelos
Os campos maduros de trigais
E em seus olhos
O verde das matas

Eu temo me afundar
Em seus rios e mares
E me perder nas curvas
De suas salientes montanhas...

Mário Feijó
27.05.14

sábado, 24 de maio de 2014

VENTO NA JANELA



VENTO NA JANELA

Quase sempre é assim
Tenho um vazio dentro de mim
Que está cheio da tua ausência

Tua presença
Não se faz mais presente
Restaram-me desamores
E o vento na janela

A lua crescente
É a que se faz mais presente
Com uma frequência
Que me parece diária

Há esperança sim
Mas este vazio
É que esta quase sempre
Cheio de ti
Das tuas lembranças e
Dos nossos momentos

E eu que antes
Tinha tanta alegria
Agora estou parado no tempo...

Mário Feijó
24.05.14

quinta-feira, 22 de maio de 2014

PASSEANDO POR PORTO ALEGRE (do Diário de uma ex-prostituta adolescente)



PASSEIO EM PORTO ALEGRE

Ela havia desembarcado no aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, numa tarde chuvosa. O friozinho do outono arrepiava sua pele ainda bronzeada pelo sol nordestino.
Daiane passara antes pelas praias da Bahia, onde havia tirado uma semana para passear e descansar. Seu marido Marcos a acompanhava. Formavam um belo casal, mas era isto que diziam também quando estava ao lado de Márcio, o irmão gêmeo de Marcos que ficara em casa com os filhos também gêmeos.
Depois que Daiane viera do Ceará, não tinha mais voltado ao nordeste. Sentia falta daquilo e recentemente quase entrara em colapso nervoso devido ao estresse, por isto fora passear, sem os filhos e sem o outro companheiro.
Eles formavam uma família moderna, onde ela era amada por dois homens iguais, que a amavam igualmente. Desta família tinham nascido os gêmeos: Gabriel e Rafael, filhos dos três. Os meninos eram idênticos e se pareciam por demais com os pais.
Chegando no aeroporto, já com a família toda reunida dentro do carro, pediu que dessem uma volta pela cidade. Queria novamente lembrar daquela cidade que lhe acolhera nos últimos anos, onde encontrara a felicidade, mesmo que de uma forma inusitada e de vanguarda para os tempos atuais.
Circularam pelo parque da Redenção, foram até o morro de Santa Tereza e de lá desceram contornando o Guaíba e indo para o apto que mantinham em Ipanema, na zona sul da cidade.
Porto Alegre era a sua casa novamente, mesmo que tivesse se afastado de casa apenas uma semana, já sentia saudade dali. E estar junto de seus amores era a maior felicidade que poderia ter na vida.

Mário Feijó
22.05.14