terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

VIAGEM ÀS ESTRELAS



VIAGEM ÀS ESTRELAS

Ontem à noite no céu
Havia uma estrela
Que se fazia de tonta
Desgarrada de sua constelação

Não era um avião
Porque ziguezagueava
Mas se misturava com outras estrelas
Que lá no céu brilhavam

A olho nu eu não poderia afirmar
Com certeza o que eu via
Mas era estranha a sua rota
E constantemente parecia que voltaria

Fiquei pensando em naves bêbadas
Em seres de outros planetas
E por pouco eu não pedi:
Leve-me com você!

Mário Feijó
11.02.14

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

RESERVE TODOS OS SEUS DIAS PRA MIM



RESERVE TODOS OS SEUS DIAS PRA MIM

Ele perguntou a ela:
- O que você fará amanhã,
Semana que vem, e nos próximos meses?

Ela respondeu tristonha:
- Nada!
Ao que ele retrucou:
- Então os reserve todos os seus dias pra mim...

Eu ouvi este trecho de uma entrevista de Glória Menezes falando de uma personagem quando ela contracenava com o marido, Tarcísio Meira e fiz o seguinte poema:

RESERVE TEUS DIAS PRA MIM

Eu quero te pedir
Que não te afastes de mim
Que reserves tuas horas
Teus dias, teus meses, todos só pra mim

É tão bom
Que comigo estejas
Porque eu não estarei só
E tu também jamais estarás

Eu preciso de ti
Para ser eu mesmo
Para me encontrar
Para seguir em frente

É que é tão bom
Ter você comigo
Ter meus dias cheios de você
Costurando poemas à vida...

Mário Feijó
10.02.14

A MENINA QUE ROUBOU MEUS SONHOS



A MENINA QUE ROUBOU MEUS SONHOS

Algumas pessoas não percebem que decepcionar propositadamente é o mesmo que roubar sonhos.
Eu preferia que me roubassem os anéis porque anéis podemos trabalhar e comprar novos, mas uma esperança destruída por uma decepção é quase impossível. A não ser que queiramos nos enganar. Confiança perdida é cristal quebrado – impossível de colar.
Eu já tive algumas “meninas” que me fizeram isto. Umas já nem eram mais meninas, outras nem eram mulheres...
Há uma dessas meninas que entrou em minha vida feito primavera – iluminou-a, para depois sumir, sem deixar rastros. Roubou alguns de meus sonhos de menino e ficou no ar o sabor adocicado de seus beijos. Nunca mais encontrei outros iguais. Por isto muitas vezes eu lembro dos beijos que eu deixei de lhe dar.
Assim se passaram os anos e meus sonhos continuaram a ser roubados. Eu já devia ter aprendido a me preservar, porém continuo um inquieto sonhador, e isto, nenhuma menina conseguirá me roubar: a fórmula para recriar meus sonhos. Esta permanecerá somente comigo enquanto eu existir...

Mário Feijó
10.02.14

domingo, 9 de fevereiro de 2014

QUERO NÃO SOFRER POR TE VER FELIZ



QUERO NÃO SOFRER POR TE VER FELIZ

Algumas pessoas entram na nossa vida
De maneira tão doce que todos os espaços
São por ela ocupados e ficamos embevecidos

Só que de repente elas ameaçam partir
Não para maltratar você
Porém suas vidas ganha rumo
Muito diferente do nosso

E o que era devaneio passa a ter
Gosto de frustração porque
Nós não fomos ensinados a nos desapegar
A usufruir o amor sem se adonar

E por este motivo acabamos sofrendo!
Em algum momento alguém deveria nos ensinar
A não sofrer vendo o outro partir
Mesmo sabendo que um dia todos partirão...

E quando tu espontaneamente fores embora
Quero te dizer adeus feliz e torcer
Para que feliz tu sejas, mesmo que a saudade doa
E que longe de mim tu aprendeste a voar...


Mário Feijó
09.02.14

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

VELHO ARBUSTO



UM VELHO ARBUSTO

Um dia eu já fui assim:
Um anjo-demônio em corpo de menino
Cresci acreditando na vida
Tendo esperanças
E investi em pessoas
E quanto mais me decepcionavam                                               
Mais eu continuei investindo nelas...

Hoje conheço melhor o ser humano
E sei do que ele é capaz
Porque eu também cometo meus deslizes
Não somos perfeitos
Mas temos que acreditar que podemos
E colocar amor no que fazemos...

Agora sou apenas um velho arbusto
Que o vento açoita todos os dias
Nem para ninhos mais eu sirvo
Os pássaros têm medo
Que meus galhos não mais os suportem

E como velho arbusto
Sei que um dia o vento me vencerá
Mesmo que a tempestade não seja tão violenta
Secos meus galhos, bastará um simples raio
Para que o velho arbusto seja vencido...

Mário Feijó
07.02.14