sexta-feira, 20 de setembro de 2013

DÍVIDAS SEM PERDÃO



DÍVIDAS SEM PERDÃO

Eu não paguei tuas dívidas
Todos os recibos foram queimados contigo
Mas teu nome continua na boca
De todos os lobos vorazes
Agora eles confraternizam
Banham-se em dólares
Deixaram de amar
O que o olhar não vê

Trocaram o peso na consciência
Pela moeda corrente
E tuas dívidas (que não eram minhas)ficaram  
E os que a fizeram contigo
Fazem de conta que nada sabem

O amor não tem fronteiras
Só que se tratando dos teus
Ele se derrete em meio aos “alfajores”...

Mário Feijó
20.09.13

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

VOU À LUTA



VOU SEMPRE À LUTA

Houve muitas vezes
Que eu tive vontade de desistir
Desistir do amor
Desistir de amar
Desistir da profissão
E desistir até de viver

Sempre me superei!
Nem sempre me achei
Bom o suficiente em qualquer coisa
Mas sempre dei o melhor de mim
Em tudo o que já fiz

Nunca tive grandes vitórias.
Sempre foi com muita luta
Que galguei cada degrau
E as derrotas são frequentes.
No entanto não me deixo ficar
Estendido derrotado
Vou sempre à luta...

Mário Feijó
19.09.13

ALGO ME DIZ



ALGO ME DIZ

        Desde que partiste eu vejo que queres algo me dizer. Luzes se acendem sozinhas, eletrodomésticos ligam e objetos que eram teus caem e quebram.
Alguns eu só trouxe por lembrança e carinho, muitos nem tinha necessidade e eu que não sou de quebrar nada, vejo que eles se partem, caem, estragam. Até pequenas lembranças de madeira. Quando são coisas de tecido, rasgam-se ou se mancham. Um prato de micro-ondas caiu e quebrou, toalhas queimam, outras se mancham. E assim vai. Vagarosamente estou me desfazendo de tudo já que não entendo teus recados.
Algo me diz que gostarias de te comunicar e não sabes como. Sei que queres me proteger ou me orientar, mas eu não estou conseguindo entender o que dizes.
Algo me diz que a vida não é apenas o que vemos, mas o que sentimos e, tem muita coisa que eu sinto e já senti, que vai além dos cinco sentidos normais.
O que eu quero é a tua paz e que um dia possamos conversar  de igual para igual novamente, sem a preocupação com a maldade alheia e perdoar. Tenha certeza de que sou forte o bastante e tenho muita proteção para me defender das maldades alheias. Deixe que eles aprendam, como nós aprendemos a não dar importância a bens materiais e intrigas. Descanse em paz. É a vida, e como bem sabes a vida nem sempre é muito justa. Eu nem sei a razão destas coisas, mas onde tu estás já deves ter entendido, melhor que eu tudo isto.
Eu não me incomodo com coisas que se quebram. Luzes que se acendem. Carro que não liga, mesmo novo, ou eletrodomésticos que ligam sozinhos. Não tenha medo e rezo para que tenhas paz e me esperes. Um dia riremos muito de tudo isto e da maldade de toda esta gente. Quem sabe pegaremos um lençol branco e vamos sair por aí a assustar alguém juntos. Por enquanto não dá, estamos em mundos diferentes. Enquanto isto relaxe e tenha paz e me deixe tocar a vida com saudades...

Mário Feijó
19.09.13

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

AMOR QUE SUPERA



AMOR QUE SUPERA

Quando o amor prevalece
Os dois se tornam um
Sem deixar de ser dois

São dois corpos
Duas mentes
Um objetivo
Uma vida

Constrói-se planos
Em cima de um querer
E viver é inventar
Novas vidas todos os dias

Há um querer
E quando queremos juntos
Vencemos tudo
Superamos todas as dificuldades...

Mário Feijó
18.09.13

O MUNDO NÃO É JUSTO






O MUNDO NÃO É JUSTO

        O mundo não é justo e no Brasil a justiça é injusta. O exemplo mais claro, para a minha indignação está estampado nas páginas dos jornais: “julgamento do mensalão”. Isto também denota que quem tem dinheiro, mesmo que conseguido de uma maneira não muito honesta, também não o perde.
Em países árabes e na China as pessoas morrem, se roubarem, ou pelo menos são mutiladas e têm a mão cortada.
No entanto o que me deixa indignado nem é o que acontece com os outros, mas coisas que acontecem comigo e me atingem, me afligem e me fazem adoecer.
Há uns dois anos, com frequência minha conta no Banco do Brasil sofre invasão e emitem cheques que não são meus e o banco paga. Só param e o banco me repõe depois que eu dou queixa na polícia, ou repentinamente ninguém mais manda cheques para a minha conta corrente. Concluí que isto acontece dentro do próprio banco, pois no inicio até se preocupavam em imitar minha assinatura, agora fazem uma assinatura qualquer. Tentei processar o banco e todos os lugares onde fui disseram que não posso. Ficou a insegurança de “quando será que vão fazer novamente?”.
Depois disto sofri um acidente de carro aí aconteceram várias injustiça. Até hoje não recebi o DPVAT (que anunciam como a coisa mais fácil para ser conseguida, isto que eu vivi com a vítima por quase seis anos e juntos criávamos duas crianças que tínhamos a guarda judicial). Nem o reembolso de despesas médicas me pagaram (pra não dizer que não pagaram recebi R$214,00 porque tenho a UNIMED e eles me cobraram este  valor, então me reembolsaram isto, mas o valor da ambulância que foi de R$ 1.740,00, não pagaram e ainda sumiram com os documentos).
Hoje faz quase dois anos que o acidente aconteceu, no qual por pouco eu quase não morri, visto que tive seis costelas quebradas, uma vertebra trincada e os dois pulmões perfurados (cabe aqui um outro parêntesis: no hospital de Capão da Canoa-RS, cidade onde moro há sete anos, dispensaram-me durante três dias, eu ia lá morrendo de dor e diziam que eu nada tinha).
Nada posso fazer contra o que me fizeram, mas estou sendo processado por homicídio culposo – a justiça não é justa. Além do mais fiquei sem dinheiro, pois tive que recomeçar a minha vida, saindo da casa em que morávamos (que era dela e da filha) por pressão de todos que não me queriam mais na casa. Ninguém viu meu sofrimento, nem a dor física, apesar de eu ter perdido 15k em apenas um mês. Hoje ninguém da família mais fala comigo (acredito que me condenam pelo acidente, além de pensarem que eu queria ter direitos sobre a casa). Mas tenho consciência de que foi um acidente e nem vou entrar mais nos detalhes, já falei disto em outras crônicas e ainda me dói muito falar disto, física e emocionalmente.
Agora, diante de tudo isto como se não bastasse, ainda tenho que pagar para um advogado me defender das acusações de homicídio e de “estar me escondendo para não ser encontrado” (isto que eu estive recentemente na polícia, para atualizar meu endereço e eles disseram que já estava atualizado”, não mudei de cidade, mesmo sendo natural de Florianópolis-SC, não voltei pra lá e meus telefones, na ocorrência são os mesmos.
A vida não é justa e a justiça está cada vez mais cega. Tenho a impressão que os seres humanos evoluíram tecnologicamente mas no entanto não evoluíram mentalmente, no sentido de serem mais compreensivos uns com os outros. Isto talvez até se deva ao fato do aumento da criminalidade.
Eu não endureci diante da vida. Não quero perder minha sensibilidade, nem pelos que estão próximos, nem pela humanidade de um modo geral.
No entanto cada vez concluo mais que o mundo não é justo e cada vez mais dói viver quando tentamos olhar o mundo com os olhos do coração...

Mário Feijó
18.09.13