PÍLULAS DE FELICIDADE
Ensinar é dar colorido à vida do
outro. É mostrar horizontes. É ensinar caminhos.
Um dia eu dei a alguém “pílulas de
Frei Galvão” e vi acontecer ali um milagre. Não pela pílula em si, pois não sei
nem se a pessoa fez a novena recomendada, mas o carinho, as palavras amigas me
fizeram ver a pessoa acreditar que poderia vencer. Por isto a palavra amiga é
uma pílula de felicidade e de fé.
Ter fé é importante. Não importa em
que ou quem você acredita, acredite em você e não desista dos outros. Já está
comprovado que a fé faz alterações físicas, além das psicológicas, em quem
acredita.
Hoje eu sou feliz porque acredito em
mim e no Deus que me habita, somos um só.
Eu já casei por obrigação, já casei
por amor e já casei por amizade. Em todas as relações a relação terminou. A primeira
porque tinha prazo de validade; a segunda porque o egoísmo e os vícios eram predominantes,
apesar do amor. E a terceira por morte. Eu penso que não fui feliz em nenhuma
destas relações. Eu só passei a ser feliz quando eu me permiti sê-lo. Quando eu
passei a acreditar que a pessoa que me faz feliz sou eu. Se eu não conseguir
ser feliz sozinho, não conseguirei tendo alguém ao meu lado porque ninguém é
bengala de ninguém.
Alguém do nosso lado é um aditivo à
felicidade que construímos e o que precisamos é nos construir como SER. Por isto
a minha prioridade na vida não é TER, mas SER e ensinar aos outros a se construírem
como pessoas, como seres que somos.
Hoje eu algumas vezes durmo com um
sapo (de pelúcia). Frescura (dirão alguns); solidão (dirão outros); identificação
(algumas vezes, penso eu). É que este sapo eu tinha dado a alguém que já se foi
dizendo que ele era eu. Acabei herdando-o e na falta de alguém pra me aquecer
uso-o sem sofrimento.
Mas voltando ao papel do professor
(educador) eu o vejo como um evangelizador porque ele planta sentimentos, ele
transmite amor. Professor sem paciência é como erva daninha num jardim, mata as
flores. E quando você planta amor você se eterniza na memória e nas ações do
outro.
Não julgo e nem recrimino ninguém. O
que eu ensino é que “a vida dá o troco”. Não faça com o outro o que você não
quer que faça consigo. Um dia você pode encontrar com esta pessoa como seu
médico numa mesa de cirurgia, ou como cuidadora quando você for velho.
Distribua amor em pequenas pílulas. Com
certeza quem se fortalece, quem se cura é você, não o outro.
Mário Feijó
31.07.13