sábado, 14 de dezembro de 2013

CARTA DE BEIJALOTE À SABRINA




CARTA DE BEIJALOTE À SABRINA

Cara Sabrina

        Fiquei muito triste ao saber que você mandou o rei me prender, em sua estória.
Saiba que eu não tive culpa se a baleia engoliu Bela. Ela era uma princesa muito impetuosa, além do mais uma ingrata, visto que fui eu quem avisou seu pai que a baleia a engoliu. Agora tenho que ficar sozinho aqui nesta prisão.
Querida Sabrina eu nem era muito apaixonado mesmo por Bela. Acho você mais linda que ela e ficarei feliz se você disser que posso esperar você crescer para te namorar.
Sabe... Eu estou aprendendo culinária aqui na prisão. Quero fazer um ensopado de baleia quando sair daqui...
Se puder mande um desenho de sua cidade pra mim e responda a esta cartinha dizendo se posso esperar por você.
Quem sabe podemos um dia ir juntos à Paris fazer um curso de culinária e abrir um restaurante chique.
Aguardo ansioso sua resposta sofrendo a solidão nesta prisão (onde você me colocou, se quisesse poderia falar com o rei e me tirar daqui).

Com saudades

Beijolote



Mário Feijó
14.12.13
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(*) Sabrina é uma escritora de 7 anos que escreveu uma história de uma baleia que engole uma princesa chamada Bela quando esta passeava na praia com seu namorado Beijalote. Ele vai a seu pai e conta o ocorrido então um Marinheiro chamado Jack salva Bela de dentro da baleia e se casa com ela. O rei indignado manda prender Beijalote.

Eu Mário Feijó tomei as dores de Beijalote que não vi como culpado e resolvi escrever em nome dele à Sabrina provocando nela uma resposta. Vamos ver o que acontece. Se ela responder à carta de Beijalote mostrarei a vocês...
Sabrina fala para os pais que quer ser estilista e morar em Paris, mas agora vive querendo aprender culinária.

A carta tem os ingredientes provocativos... vejamos.


 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

UM CONTO DE NATAL



YÉSUS – UM CONTO DE NATAL

Eu sentei à mesa, em um banquinho de madeira que estava ao lado dela. De repente ouvi um clec-clec e senti que um dos pés do banco iria quebrar. Levantei e peguei o banco e o examinei, sem perceber qualquer defeito que justificasse minha apreensão. Sentei novamente lendo um livro com contos de natal, com a ideia de me inspirar a escrever um também.
Novamente ouço o mesmo barulho no banco e resolvo trocá-lo por outro, mas a situação se repetiu com o outro banco. decidi dispensá-los e comecei a refletir sobre a minha vida e os natais que a marcaram. Descobri que além dos que me lembravam perdas pouca coisa de boas lembranças existiam dos natais da minha vida. Não restavam natais felizes.
Entre melancólico, triste e intrigado com os barulhos nos bancos ouço alguém batendo na minha porta, como se descansassem sobre a entrada uma caixa com ferramentas.
Abro a porta e diante de mim há um menino negro lindo, olhos verdes, dentes branquíssimos e um sorriso franco que fazia a gente pensar em felicidade, perguntando:
- Há algum móvel precisando de conserto?
Eu ia responder que não quando lembrei dos bancos. Então mandei-o entrar e olhar os bancos.
Puxei conversa com aquele menino querendo saber um pouco de sua vida. Ele me disse que sua mãe era Dona Maria e seu pai José, mais conhecido como Zequinha Carpinteiro. Senti um certo arrepio já pensando na história de Jesus. Coincidência? Não sabia, mas fiquei intrigado perguntando o seu nome.
O menino sem responder começou a falar de natais, de amor ao próximo e me disse uma frase, como se tivesse conhecimento da minha vida e dos fatos recentes havidos:
- Nada acontece por acaso em nossas vidas. Todos nós temos um prazo para vivenciar a experiência terrena.
Parecia um sobrevivente. Um ser experiente e não uma criança. Parecia ler minha alma, conhecer minhas tristezas, decepções, desesperanças...
Acrescentou em sua fala:
- não devemos nutrir culpas. O amor por nós mesmos, não é egoísmo porque ninguém muda o mundo a partir dos outros, mas a partir de mudanças dentro de nós. E para isto precisamos nos amar, viver momentos de solidão. Quem não sabe viver consigo não saberá conviver com outros.
Perguntei novamente:
- Quem é você?
Ao que ele com uma voz doce falou:
- Yésus!
- Yésus?!!! Perguntei intrigado, não acreditando nas semelhanças com minha experiência cristã.
Ele disse:
- Sim! Sorrindo, continuando a consertar meus bancos.
- Pronto! Seus bancos estão prontos. E caminhou em direção à porta.
Eu perguntei:
- Quanto lhe devo?
Ele respondeu:
- O senhor não me deve nada. Foi só um pequeno ajuste. Mas eu queria algo seu: fé, esperança e amor.
- Seja feliz e pratique sempre o amor. Continue praticando-o em sua vida, junto com a fé e a esperança.
- O meu pai não me deixaria lhe cobrar nada. Disse ele.
Eu me senti tonto e emocionado fechei meus olhos por segundos. Quando os abri não tinha mais ninguém por perto, nem nas escadas, nem embaixo do prédio. A porta estava fechada e no chão encontrei um papel envelhecido que mais parecia um pergaminho onde estava escrito:

AMAI-VOS UNS AOS OUTROS, ASSIM COMO EU VOS AMEI!
Yésus
13.12.13 (século I)
FÉ – ESPERANÇA – AMOR

Se não fosse por este pedaço de papel eu iria pensar que tudo não passou de um sonho.
Acredito numa experiência inexplicável, mas passei a não duvidar mais de nada e aumentei a dose de fé, esperança e amor em minha vida.

Mário Feijó
13.12.13 (século XXI)


quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

RISOS E SORRISOS





Eu gosto dos sorrisos alegres daqueles que me amam, não dos risos fartos daqueles que dizem me amar...

Mário Feijó
12.12.13

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS



O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS
(St. Exupéry, em O Pequeno Príncipe)

Acumular coisas
Guardar papéis
Roupas que não usa mais
Encher a casa de tralhas
Como se TER
Fosse o que constrói um SER
Como se posses
Fossem pedras necessárias
Para a construção de castelos
Que desmoronam
Que não se leva para lugar algum
Porque o que construímos
Está dentro de nós e é o que
Faz com que sejamos seres melhores
O amor que temos
É o que faz com que
“o essencial seja invisível aos olhos”...

Mário Feijó
11.12.13