sexta-feira, 22 de novembro de 2013

SEM CULPAS



SEM CULPAS

Fui deixando pelo caminho
Pedaços que eram meus
Mas que não me pertenciam

Abandonei as culpas
Que me faziam sofrer
Joguei fora o orgulho
Na busca pela felicidade

Passei a amar as pessoas
Mesmo que elas não acreditem
À distância, acalentando em meu coração
Uma ternura imensurável

Apeguei-me à humildade
Desapeguei-me de bens materiais
Do que os outros pensam de mim
E dos falsos amigos

Passei a cultivar felicidade
Estou jogando sementes de sorriso
Pelos caminhos por onde passo
Mesmo assim ainda não amoleci
Alguns corações endurecidos...

Mário Feijó
22.11.13

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

LIVRES



LIVRES

Livres são as nuvens
Que sobem aos céus
E passeiam pelo mundo
Ao sabor dos ventos

Eu estou preso a um corpo
Que não tem vontade própria
Porque está condicionado
A teias que o destino tece

Enquanto isto pássaros voam livres
Obedecendo a ciclos migratórios
Que pela sobrevivência
Seus destinos condicionam

Livre mesmo só nossos pensamentos
Que costuram caminhos almejados
E que nem sempre podemos seguir...

Mário Feijó
21.11.13

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O AMOR NÃO É UM SENTIMENTO, MAS ALGO QUE CONSTRUIMOS





O AMOR NÃO É UM SENTIMENTO, MAS ALGO QUE CONSTRUIMOS

E vem a dança do acasalamento
Onde o dominante dança
Para conquistar o outro
E dependendo das habilidades
Ele acaba sendo o escolhido

Muitas vezes é o mais forte quem vence
Mas tudo é uma questão de habilidade
E para conquistar vale tudo
E para manter o relacionamento também

Quem não tem habilidade
Jogo de cintura, carisma
Não agrada, não atrai

O amor acaba não sendo um sentimento
Mas uma habilidade para envolver
Um jogo de sedução diante do vento
Que se abate sobre aquele que se apaixona...

Mário Feijó
19.11.13

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

PESSOAS QUE NÃO SABEM AMAR



PESSOAS QUE NÃO SABEM AMAR

Há muito tempo eu fui tachado de “pessoa que não sabe amar”, por uma das minhas ex-mulheres. Digo uma porque tive três.
Nem me perguntem o que eu achava deste veredito: injusto, certamente. Eu fazia de tudo para que ela não percebesse os problemas diários. Resolvia-os silenciosamente. Não deixava que gastasse seu dinheiro com despesas da casa. Certamente não era porque não sabia amar.
Eu achava que era ela quem não sabia me amar, porém eu a amei tanto que o amor acabou. Assim chegou o dia em que tudo o que eu azia para ela e para protegê-la voltou-se contra voltou-se contra mim. Ela gastava desordenadamente em vícios e ainda estourava minha conta.
Tudo acabou: o amor, o dinheiro e o relacionamento. Hoje eu me considero “freelance” no amor. Isto porque não achei ninguém a quem devesse amar de verdade ou quem sabe porque realmente eu não sei amar.
No entanto eu vejo que as pessoas que não foram muito amadas pela família têm realmente medo de amar. Elas não se dão ao outro e pensam que amam incondicionalmente, mas deixar muito a desejar e eu não estou disposto a amar novamente da forma como já amei e depois ainda ser criticado por não saber amar.
Certo ou errado eu sigo procurando um grande amor e, penso que tem um monte de gente assim. Não que eu pense viver num reino encantado, mas porque penso que é bom amar e ser amado. Entregar-se sem sustos. O problema é achar alguém que mereça esta entrega. Enquanto isto eu jogo “pérolas aos pombos” numa sátira horrorosa ao “pérola aos porcos” porque meus amores estão muito mais para aves voadoras que para suínos que chafurdam na lama.
Posso até estar enganado em minha avaliação, mas prefiro um animal ao outro, mesmo que como alimento, o mais sujo (o porco) é o mais saboroso quando bem preparado.
Enquanto eu escrevia e pensava meus “pombos” voaram...

Mário Feijó
18.11.13

domingo, 17 de novembro de 2013

NÃO PODEMOS SER REFÉNS DO AMOR



NÃO PODEMOS SER REFÉNS DO AMOR

Impossível esperar
Que a noite chegue
E que você venha pra mim

Impossível esperar
Que a semana acabe
Só para ter você

Daí chega a noite
E você não vem
Então chega o fim de semana
E nada de você

Nesta hora percebo estar refém
E quero liberdade
Eu quero me livrar do vício
Que este amor me provoca...

Mário Feijó
17.11.13