quarta-feira, 10 de agosto de 2022

EXAGEROS À PARTE

 


EXAGEROS À PARTE

 

               A que ponto chegamos! Ter que voltar a um lugar dentro de casa para lembrar o que tínhamos que fazer porque esquecemos.

               Há algum tempo atrás haviam pessoas com quarenta e poucos anos que eram consideradas velhas. Hoje aos setenta, alguns parecem ter cinquenta, ganhamos também em longevidade. No entanto não ler, não escrever, não fazer artes, não exercitar o corpo e a mente podem causar sérios distúrbios.

Há os que colocam a banheira para encher e quando percebem a casa ou o apto está alagado, põe a culpa num vazamento.

Há quem coloque algo no forno e só se lembre de quando toca o alarme de incêndio do prédio porque toda a casa está enfumaçada.

Mas há os que colocam algo no forno e, esquecem-se de ligá-lo. Daí perto do meio dia descobre que não tinham ligado o fogão. Menos mal, não queimou o assado... Ele ainda está cru. Pior seria esquecer-se de comer. Aí o caso é mais sério...

Tem gente que sai para fazer compras, tipo eu, que vai ao mercado para comprar pão, saio de lá carregado de sacolas. Quando chego em casa lembro que esqueci do pão.

Alguém me contou que foi pra cidade de carro fez suas voltas, depois ligou para o marido busca-la. Quando chegou em casa viu que seu carro não estava lá. Ligou para polícia dizendo que tinha sido roubada. Dias depois lembrou onde o carro estava. Foi buscar e avisou à polícia que devolveram na sua casa.

Tem uma outra que foi trabalhar e voltou de ônibus. Em casa lembrou que deixou o carro no serviço. Menos mal, no outro dia foi de ônibus e o carro estava lá, quietinho!

Teve uma que me disse que colocou seus panos de prato para ferver numa panela e esqueceu. Sentou-se para ver Pantanal, envolveu-se no beijo da Juma e do Jove e viu a fumaça pela casa. Pensou a coisa tá pegando fogo. Eram seus panos de prato que tinham virado cinzas.   

 Outra não queria contar, mas devagar confessou algo apavorante. Ouviu tiros pela casa, pensou que eram balas perdidas. Que nada! Ela tinha posto vários ovos de codorna pra cozinhar e se esquecera. Era ovo pra todos os lados estourando. Por pouco não recebera um na testa.

Outra me contou que quando jovem comprou aipim (mandioca) para cozinhar com casca. Era recém-casada. Teve que jogar aquela água barrenta e o aipim fora. Tinha ouvido a mãe dizer que aipim novinho abria fácil.

Consolem-se! Gente jovem também faz destas coisas.

No entanto se serve de consolo: ler, fazer exercícios, fazer palavras cruzadas, ler poesia, escrever histórias, ouvir mais música e ver menos televisão ajudam a mente a se exercitar.

Imaginar é tudo de bom. Sonhe! Viaje mais! Compre menos e viva saudavelmente...

 

Mário Feijó

10.08.22

terça-feira, 9 de agosto de 2022

PERALTICES

 


PERALTICES

 

Com a maturidade percebi

Que entrava em um túnel

Onde havia pouca gente

E os que ali estavam não se ajudavam

 

A maturidade me deu

A liberdade para ser verdadeiro

Para viver melhor minhas experiências

E para dizer tudo o que sinto

 

Porém me trouxe mais sensibilidade

Para não aceitar tudo o que me imposto

E para perceber que há muito mais interesse

Que amor nas pessoas que se aproximam

 

Se por dentro eu me sinto jovem

Por fora já não desperto mais interesses físicos

E o corpo não obedece mais

Ao jovem peralta que dentro de mim habitava

 

Mário Feijó

31.07.22

segunda-feira, 8 de agosto de 2022

histórias de amor PARA TE SEDUZIR

 


 


ESTE É MEU NOVO LIVRO COM HISTÓRIAS DE AMORES E DESAMORES, MAS HISTÓRIAS VIVIDAS NO DIA A DIA... SÃO 201 POEMAS E SE VOCÊ ESTIVER INTERESSADO FAÇA UM PIX PARA A CHAVE 51.99220.9966 E ENCAMINHE PARA ESTE MESMO NUMERO O COMPROVANTE E O ENDEREÇO E NOME DA PESSOA PARA QUEM QUER A DEDICATÓRIA E LOGO EM SEGUIDA O RECEBERÁ...

MAIS UMA LUZ QUE SE APAGA EM NOSSAS VIDAS

 

MAIS UMA LUZ QUE SE APAGA EM NOSSAS VIDAS

À amiga Vera Dalsasso

 

        Vera Dalsasso é minha amiga há cinquenta anos. Desde 1972 quando entramos na universidade como adolescentes e calouros de um curso que ainda não sabíamos qual fazer. Ela fazia parte do grupo que comigo estudava depois das aulas e antes de cada prova, principalmente provas de matemática, cálculo e estatística. Também era do grupo que matava aulas chatas, saindo da sala logo depois de responder a chamada, para jogar dominó, no diretório dos estudantes da nossa faculdade.

Depois de algum tempo estudando juntos e convivendo passei a frequentar a casa de sua família, convivendo com seu pai Sr. Osmar, sua mãe Kika, seu irmão Toninho e também com Rodolfo, seu outro irmão – todos falecidos há muito tempo e precocemente. Foram grandes parceiros de noitadas de canastra que iam até o dia clarear, a Kika só ficava observando de longe e rindo daquela confusão, parece que tudo isto foi ontem...

Com Toninho (na época estudante de Engenharia na UFSC) enfrentei várias peripécias com o objetivo de jogar cartas, até o dia em que fomos jogar com a Iracy e o Francisco, irmã e cunhado deles, acampados na Praia dos Ingleses, na Ilha de Florianópolis. Nós dois numa motocicleta dirigida por Toninho quase fomos atropelados por uma pata voadora. Sim! Literalmente, ”dois patos atropelados por uma pata” seria a manchete do Diário Catarinense, na segunda feira, caso não tivéssemos nos abaixado na moto evitando o tal atropelamento. A pata deve ter feito de propósito e, por pouco não me caga na cabeça. Foram muitos os episódios de “briga” na mesa de jogo, mas depois não ficava mágoas. Era uma casa de italianos com um estranho no ninho.

Eu e Vera fizemos pós-graduação em administração de cooperativas na UNISINOS, depois de formados em administração na UFSC e, viajávamos a cada quinze dias para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul enquanto trabalhávamos na OCESC – Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina. Lá, também, achavam “estranha” a nossa amizade e, minha mulher na época morria de ciúmes da Vera. Ela era especial! Nunca brigamos por nada, e nos respeitávamos muito um ao outro.

Um dia fiquei estressado com ela, sem brigar, quando ela começou a trabalhar na FUCAT – Fundação Catarinense do Trabalho por um mal entendido que não vale à pena citar agora. Eu casado e desempregado com três filhos com o quarto filho pra nascer. Depois a vida continuou. Arrumei emprego na UFSC e a Vera casou e teve duas filhas.

Na época do casamento com o Carlos, um argentino tão bonito que parecia artista de cinema, acabamos nos distanciando fisicamente, eu não queria que ele tivesse ciúmes de nosso amor fraterno. Aí perdi um pouco a intimidade com a família, mas eu e Vera continuamos muito amigos e, também, tornei-me amigo de suas irmãs Marlene, Arlete e Iracy pelas quais nutro um carinho especial. Até com Maline e Karine filhas de Iracy e Francisco entraram na dança e se tornaram amigas. Eu as conhecia desde bebês.

Vera e eu nos tornamos amigos tão verdadeiros ao ponto de muita gente pensar que tínhamos um “caso”. Ela é madrinha de meu filho Tiago. Eu padrinho de sua filha Elisa. Amei aquelas meninas como se fossem minhas filhas, mas permaneci distante. Coisas da vida.

De repente, eu soube que a Vera tinha se separado. Eu também já estava com dois divórcios nas costas. Continuamos tão amigos quanto antes e nos víamos com menos frequência, não dava mais pra resgatar o cotidiano daqueles dias de carteado, o tempo nos afastara. Tínhamos perdido aquela intimidade do dia a dia, mas bastava um olhar para saber que o amigo e a amiga moravam em nossos corpos.

Ambos somos criaturas espiritualizadas, criados no catolicismo, mas foi nesta fé que eu vi a Vera se dedicando a ajudar muita gente. Ela sempre foi uma pessoa “estranhamente” bondosa.

É tão difícil acreditar que a vida nos prega peças e, mostra a grandeza de Deus, até nas contradições. Elisa apaixonou-se por Medicina Oncológica e não pode curar sua mãe, só aliviar e ajudar no possível e impossível a suportá-la. Mesmo assim eu vejo a grandeza de Deus e o quão pequenos somos diante da morte inevitável. Ninguém pode desviar do caminho traçado para nós, mesmo antes de nascermos é o que acredito.

E, de longe eu vi a dedicação das duas filhas e a atenção para ajudá-la a suportar as dificuldades que lhe foram impostas. Vi a Gabriela levando a Vera pra fazer quimioterapia, fonoaudióloga e saindo com ela as pressas muitas vezes para o hospital e outras urgências e emergências. Gabriela largou o marido na Europa para cuidar da mãe e a Elisa vinha toda hora de São Paulo para acompanhar de perto o tratamento e ficava de longa e falando com os médicos.

Só compreendemos o sofrimento quando passamos por ele e só o aceitamos quando novamente formos espíritos. Não fomos ensinados a conviver com a morte.

Eu de longe sofria por minha amiga, mas sabia que era inútil querer estar junto dela. Fui visitá-la no ano passado e obtinha notícias dela através da Marlene e da Arlete, até que ontem (sexta feira) senti alguma coisa e liguei pra Arlete que me disse “Mário, a Vera vive suas últimas horas” e hoje (domingo) pela manhã a Marlene me ligou dizendo “a Vera faleceu”. Depois a Arlete fez o mesmo mandando uma mensagem pelo WhatsApp.

Agora que o irremediável aconteceu resta-me orar para que sua alma siga em paz e que suas filhas e demais parentes recebam as bênçãos e a luz de Deus, e de todos os bons espíritos que estão recebendo a Vera e a encaminhando para a última morada, onde um dia todos nós também estaremos.

Não convém chorar ou lamentar! Todos entramos nesta vida sabendo que um dia este seria nosso fim. Esta é a regra do “jogo”. Também não queria que vissem a morte como uma derrota, mas como o início de uma nova caminhada no campo espiritual.

Depois de tantas despedidas que já vivemos esta é mais uma luz que se apaga em nossas vidas. Mas, não vivamos na escuridão. Isto não é bom e a Vera vai entender isto. Que ela saiba que sempre vai morar em meu coração.

Luz e bênçãos a todos nós!

 

Mário Feijó

07.08.22

           

 

 


TRAVESS(...)O

 

TRAVESS(...)0



Nestas noites de outono

Atipicamente tão frias

Que antecedem o rigoroso inverno

Fazendo-me tremer da cabeça aos pés

 

Só você para se envolver

No meio das minhas pernas

Ou fortemente enlaçado por meus braços

Noutras horas aquecendo minhas costas

 

É como se dormíssemos de conchinha

Numa maciez envolvente

Esquenta meu corpo

Dos pés à cabeça

 

Eu te puxo e te amasso

Te envolvo e te amasso

Até sentir meu corpo aquecido

Então pego meu travesseiro e jogo de lado...

 

Mário Feijó

Maio 2022

domingo, 26 de junho de 2022

A PAZ QUE PROCURAMOS

 




A PAZ QUE PROCURAMOS

 

Depois de tantos anos vividos

Sempre a procura de algo

Em algum lugar, pessoas ou coisas

Foi que eu descobri as respostas

 

Todas as minhas buscas

Levavam-me para dentro de mim

E foi neste momento

Que encontrei o verdadeiro amor

A paz de espírito

E minha realização

 

A paz está em mim

O amor vive dentro de mim

A realização está na satisfação dos meus atos

E quando eu me descubro

Percebo que posso ser arrimo

E irradiar luz para quem precisar

 

Mário Feijó

26.06.22

ARCO IRIS

 













ARCO IRIS

 

Nas noites geladas de inverno

Eu deixo de ser borboleta

Entrando na letargia das lagartas

Que adormecem em seus casulos

 

Fujo de arco-íris

Que me impulsam a sonhar

Com outras realidades

E universos paralelos

 

Não sei se quero fugir

Da minha natureza

Ou se tenho medo

Das oscilações do mundo exterior

 

E viajo para muito longe

Que chego no fundo do meu ser

Ancorado de outros universos

Em uma galáxia muito distante

 

Mário Feijó

20.06.22

quarta-feira, 15 de junho de 2022

BAUNILHA E CHOCOLATE

 


BAUNILHA E CHOCOLATE

 

O que deveria ser

Apenas dulcíssimo beijo

Acabou ganhando sabor

Acabou gravado na memória

 

Baunilha e chocolate

Foi assim que teu beijo

Foi eternizado em mim

 

Agora toda vez que passo pelo fogão

Olho na prateleira

O vidro de essência de baunilha

E o pote com gotas de chocolate

 

E entre uma receita e outra

Lembro que gostaria de novamente

Receber de ti mais um beijo

 

Mário Feijó

14.06.22

A LUZ DO FINAL DO TÚNEL

 

A LUZ DO FINAL DO TÚNEL

 

Lá no horizonte

Onde parece que Deus

Passou uma régua

E deixou tudo plano

Mora a esperança

De que nada que eu vivo

Não tenha sido em vão

 

E se escrevo “vida”

Porque é a vida que me sustenta

E sustenta todos os meus planos

 

É bem lá no horizonte

Que eu vejo a certeza de tudo

É bem lá no horizonte

Que mora a minha luz no final do túnel

 

Mário Feijó

14.06.22  




segunda-feira, 13 de junho de 2022

FOGÃO À LENHA


 

FOGÃO À LENHA

 

Um fogão à lenha

É capaz de esquentar

Não somente água

Fazer alimentos ou café

Mas aquece o corpo

As mãos e o coração

 

Um fogão à lenha

Aquece a alma

Faz alquimias nos doces

Nas sopas de inverno

E também no chimarrão

 

Um fogão à lenha

Queima tristezas

Apaga a solidão

E solidifica amizades...

 

Mário Feijó

13.06.22

FORNALHA

 


FORNALHA

 

Oh meu bem

Por que será

Que não somos

Feito Marco Antônio e Cleópatra

 

Por que será

Que não somos

Feito Peri e Ceci

Ou Romeo e Julieta

 

Será que é porque

Vivemos um simples amor

Cafona feito letra

De uma música brega

 

E daí vem a distância

E nos joga nos braços da solidão

Onde o frio do inverno gela meu corpo

E eu não tenho a fornalha do teu calor

Para aquecer as minhas noites de inverno...

 

Mário Feijó

13.06.22

quarta-feira, 25 de maio de 2022

O BRASIL QUE SE PERDE NAS ESQUINAS

 


O BRASIL QUE SE PERDE NAS ESQUINAS

 

Numa noite escura

Despida de estrelas

Ela seguia perdida

Por esquinas da vida

 

À direita todas as drogas

Eram vendidas a viciados

Que traziam um dinheirinho suado

Resultado de pequenos frutos

 

À esquerda enfileiravam-se

Corpos nas calçadas

Cobertos por finos agasalhos

Tendo como colchões papelões de geladeiras

 

No centro circulavam compradores

Prostitutas, gigolôs, michês

E outros tipos de mercadorias baratas

Que perderam o valor quando deixaram de se amar

 

A noite escura que parecia nua

Agora se cobra de seres famintos

De comida, de amor e cheios de razões...

 

Mário Feijó

25.05.22

sexta-feira, 20 de maio de 2022

BARATA TONTA

 


BARATA TONTA

 

Algumas vezes na vida

Somos feito baratas tontas

Correndo de um lado para o outro

Tentando se esconder do perigo

Ou até mesmo para se encontrar

 

Algumas vezes é a luz que nos ofusca

Noutras temos medo da escuridão

E corremos de um lado para o outro

Batendo a cabeça na parede

Sem saber aonde chegar

 

A mim bastaria ser um pássaro

Que sai todas as manhãs sem destino

Mas no final da tarde sempre sabe

Onde seu ninho está...

 

Mário Feijó

20.05.22

terça-feira, 17 de maio de 2022

PAPÉIS REVIRADOS

 


PAPÉIS REVIRADOS

 

Já faz mais de sete anos

Que você revira meus papéis

Desde a época das Maria’s

Há trinta anos ou mais

 

Foram muitos os amores

Que me ensinaram a viver

Uns mais fracos, outros mais fortes

Dores que me fizeram crescer

 

Cavalguei sobre teus pelos

Voei por céus inusitados

Agarrei-me em tua crina

Como se fosses um corcel alado

 

Ganhei maturidade com a vida

Não somente mais idade

Conheci-me e me aceitei

Descobri o que me traz felicidade

 

Mário Feijó

17.05.22

segunda-feira, 18 de abril de 2022

COMPASSO DE ESPERA

 






COMPASSO DE ESPERA

 

Há dias quando acordo

Espero apenas ver o sol raiar

O vento passar

O tempo correr

 

Noutros espero o cair da chuva

O despertar da lua sobre o mar

Para então olhar para o céu

E ver o brilho das estrelas

 

Há pouco tempo por vir

E eu quero tudo intenso

Porque pode ser este o último dia

 

Poderá também ser este

O último amor que vivo

E eu quero na despedida

Que o final seja perfeito...

 

Mário Feijó

18.04.2022

  

quinta-feira, 7 de abril de 2022

SE EU DANÇO...

 


SE EU DANÇO...

 

Neste instante

Se alguém ao longe

Visse eu dançando

E ouvindo música diria:

“Isto não é normal!”

“Este velho deve estar caduco”!

 

Mas as paredes me entendem

Não reclamam da minha “playlist”

E tremem ao ouvir “pop” dançante

 

Eu só me balanço

Sou brisa do mar

Balançando os coqueiros

Estáticos até aquela hora

 

Era apenas um ‘mix’

De músicas dançantes e alegres

Que salvei para ouvir na estrada

Quando faço viagens longas

 

Agora apenas danço

Dance você também!

Não importa o motivo

Balançar anima o esqueleto...

 

Mário Feijó

07.04.2022 (21h)

quinta-feira, 31 de março de 2022

NADA SOMOS

 


NADA SOMOS

 

Tão pequenos somos

Dentro de uma galáxia

Onde não passamos

De pó das estrelas

 

Porém há quem se ache

Maior que tudo

E por um ego inflado

Querendo impor “verdades”

 

A verdade é que somos efêmeros

Um raio de luz por instantes

E que se não aproveitamos para luzir

Passa tudo e não deixamos marcas

 

Há saudades na luz das estrelas

Que em nossas vidas brilhou ontem

O amor marca o brilho do nosso amor

 

Mário Feijó

01.04.22

terça-feira, 1 de março de 2022

O SOM DE ANJOS E QUERUBINS

 


O SOM DE ANJOS E QUERUBINS

 

Tenho contado os dias de sol

Que se vão e levam

A luz dos meus dias

Já não sei mais

Quantos dias esperarei

Contando a lua

Que de quarto em quarto

Enche-se de mim

 

Não tenho mais posses

E não sei quantas mais terei

Para entregar aos vampiros

Que por minha vida passaram

Desde os que dirigem o país

Aos que em minha vida entraram

 

Ouço agora os sons da natureza

Que cada vez mais me agradam

A ponto de ficar encantado

Ouvindo os anjos e querubins

Que por ora me protegem...

 

Mário Feijó

01.03.22

VIRTUDES E PECADOS

 


VIRTUDES E PECADOS

 

Pra você entreguei minha castidade

Porque tinha fé no amor

E com paciência e humildade

Fui da razão à emoção

Para viver tudo aquilo

Que sempre me pareceu proibido

 

Eu me permiti amar

Sem nunca deixar de amar o próximo

E a caridade que eu pratiquei

Sempre foi sem alarde

Mesmo quando usavam

Um punhal em minhas costas

 

Viver é assim, meu bem

Uma entrega com aprendizado

Haja luz e inteligência para que

Usemos da temperança

Como forma de viver

Porém a vida não nos permite

Ser virtuoso eternamente

 

Mário Feijó

01.03.22

 

 


segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

MERGULHO NO ESCURO

 


MERGULHO NO ESCURO

 

No amor há muitas promessas

Promessas cumpridas e descumpridas

Muitos prometem e não cumprem

Outros não prometem, mas o “Senhor” é surdo

 

Porém se você ama de verdade

Salte no escuro

Mergulhe no abismo

E descubra as benesses doa mor

 

Há mergulhos em que se descobre

As maravilhas do fundo do mar

E alguns onde podemos bater numa pedra

 

Porém quando temos certeza do amor

Tudo dará certo

E velhinhos sairemos mundo afora de mãos dadas...

 

Mário Feijó

07.02.22






























segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

QUE BICHO É ESTE?

 


QUE BICHO É ESTE?

 

Quando ela chegou

Vestia-se de dor e depressão

Encolhia-se nos cantos

E se escondia dentro de si

 

Mal olhava quem se aproximava

Tinha medo de tudo

Não tinha coragem para existir

E se manifestava agressivamente

 

Hoje abriu-se ao sol

Escancara os dentes para qualquer um

Se tivesse rabo, abanaria...

 

Ela se sente gente agora

Sente-se feliz

É respeitada, amada

E devolve em dobro todo o amor que recebe...

 

Mário Feijó

24.01.22

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

ANJO AZUL



ANJO AZUL

Olhos azuis
Que viajam por minh'alma
És o amor em forma de menino
E te chamaram de Heitor

És um anjo peregrino
Nos teus olhos vejo o céu
Misturado à limpidez
Dos mares de minha terra

Um menino com cara de anjo
Asas invisíveis da paz
Um ser do novo milênio
Uma criança "blue"...

MARIO FEIJO 
11.01.22


 

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

ENCONTRO DE ALMAS

 

 

 

O sexo com amor

É uma conexão de almas

Uma união de objetivos

Uma junção de corpos

 

E quando o amor acontece

Aquele é um instante eterno

Onde o presente

Une o passado e o futuro

 

Os destinos tornam-se únicos

Os caminhos são vencidos

E as pedras servem

Apenas para o descanso

 

Porque o amor venceu

Superou todas as barreiras...

 

Mário Feijó

04.01.22

sábado, 1 de janeiro de 2022

COISAS DO DIVINO

 


COISAS DO DIVINO

 

Eu queria entender

Por que ganhamos um corpo

Para tão logo perdê-lo

Visto que o universo

Tem a idade eterna

E nós humanos

Vivemos tão pouco

Comparados ao universo

Somos efêmeros

O corpo adoece

Nosso tempo é tão curto

E porque a alma padece

Somos pó e ao pó voltaremos

Isso só pode ser:

Coisas do Divino!

 

Mário Feijó

18.12.21



HISTÓRIAS DE AMOR

 


HISTÓRIAS DE AMOR

 

Quando o amor

Você encontrar

Atire-se de cabeça

 

Não importa se ele vier

Em forma de bicho

De homem, de lugar ou mulher

 

O importante é amar

Visto que muitos amam a natureza

Alguns somente os bichos

E outros apaixonam-se por um lugar

 

Não se preocupe com o que os outros dizem

É você quem sente o amor

É você quem sofrerá

Se deixar o amor fugir...

 

Mário Feijó

01.01.22