TARDES
MONÓTONAS?
Eu
me reúno com amigos para ler, escrever e trocar receitas. O intuito é uma
Oficina Literária, mas não conseguimos escapar da arte culinária, afinal tem a
hora do lanche.
Passada
a hora da leitura onde lemos poesia, crônicas e contos. Fazemos uma parada para
o lanche. Hoje foi assim. A Silvânia foi pra cozinha fazer um sagu especial com
creme. O cheiro se espalhava pela casa. Eram essências, vinho, baunilha... Tudo
atiçava nossas glândulas salivares e imaginação.
A
Heloísa foi quem nos recebeu em sua casa, num condomínio fechado – INTERLAGOS –
em Osório que é um paraíso, de tão lindo. Lagos, árvores e casas de um bom
gosto impar.
De
repente a Heloísa me diz: - Ah Mário, não vais me ensinar a fazer aquele teu
pão?
Simples
assim. Fui lá e peguei o fermento, trigo, gordura, ovos, dois bastam, açúcar mascavo,
leite morno e deixei crescer no forno elétrico, pois agora é inverno aqui no
sul.
Esqueci
de dizer que adicionamos ao pão: granola e nozes pois fica mais saboroso... e a
massa é pastosa, não dura.
Voltamos
a escrever enquanto o pão cresce e a Silvânia terminava o creme do sagu.
Assim
são nossas tardes literárias. Algumas vezes com outras guloseimas. Não é que de
repente sai um chá com anis e um bolo formigueiro com coco que a Silvânia tinha
trazido na sacola...
Além
do encanto destes encontros revezamos cada semana na casa de um. Na semana que
vem a tarde será na casa da Maria de Lourdes que já adianto fazer uma torta de
maçãs. Tudo isto para que nossas tardes de quinta feira não sejam monótonas.
Quem
disse que há monotonia nas nossas tardes????
Mário
Feijó
03.07.14