sábado, 22 de março de 2014

PHÊNIX



PHÊNIX

Eu guardo em meu peito
As saudades das tuas risadas
Porque eu sinto falta do teu sorriso
Quando deito e quando acordo

E toda vez que a lua se renova
Tenho a esperança de que
Tudo não tenha passado de um pesadelo
E eu te veja correndo pra mim sorrindo

Dizem que a Fênix
Renasce das cinzas
E tu que parecias
Renascer todos os dias
Desta vez bateste as asas

Ficou em mim o teu cheiro
O teu riso, tua fala solta
E os meus natais
Que não serão mais iguais...

Mário Feijó
22.03.14  

sexta-feira, 21 de março de 2014

QUANDO REINA A PAZ



QUANDO REINA A PAZ

Era a primeira tarde de outono
No mar apenas alguns surfistas
Procurando as melhores ondas
No calçadão da beira-mar
Moradores faziam exercícios e caminhadas

No parque da pracinha
Algumas crianças balançavam-se
Enquanto os quero-queros
Cuidavam dos filhotes ainda pequenos

O cenário é típico dos mares do sul
Chamados no Rio Grande de Litoral Norte
Seja em Torres, Capão da Canoa ou Tramandaí
Reina novamente a paz para aqueles
Que moram o ano inteiro na praia...

Mário Feijó
21.03.14

QUANDO SE DIZ INVERDADES



QUANDO SE DIZ INVERDADES

Ela mirou um gato
Mas acertou no mato
Duas arapongas que gritavam

E longe no lago
Cai um pato morto
Bem na beira do rio

Saltaram sapos e lagartos
Todos assustados
Mas solidários ao pato morto...

Mário Feijó
21.03.14

quinta-feira, 20 de março de 2014

ALMAS FEMININAS



ALMAS FEMININAS

Do alto do arranha-céu
Eu ouvia o mar gemendo
Enquanto as meninas
Brincavam de voar...

Elas escreviam histórias
Davam asas à imaginação
E lá no alto do arranha-céu
Flanavam feito gaivotas no ar

Contavam coisas que aconteciam
Nestes mares do sul
Falavam de crianças, de peixes
E até de cavalos marinhos

Do alto do arranha-céu
As meninas de repente silenciaram
Descobriram-se vivas
Colocaram os pés no chão
E se transformaram em belas mulheres...

Mário Feijó
20.03.14

terça-feira, 18 de março de 2014

O ASSASSINATO



O ASSASSINATO

        Ontem eu vi, quando deliberadamente, ele com seu pé esmagou-lhe o pescoço.
A vítima trabalhava numa pequena roça e naquele instante transportava para seu lar o alimento de sua família.
O agressor sabia o que estava fazendo e se aproveitou do tamanho da vítima para intentar contra ela. Ele não morria de amores por ela. Podia-se até dizer que o caso ter ares de vingança, portanto, um crime passional.
A vítima era frágil, porém, venenosa quando agredida. Percebia-se, pelo corpo esbelto, cintura finíssima, a cor estava entre o marrom escuro e o negro.
Será que fora morta por preconceito???
Isto não dá para afirmar no momento, mas penso que o menino matou a formiga porque em outra circunstância ela o tinha picado e ele sabia que seu veneno era terrível. Ainda mais que era uma formiga saracutinga (ou tocandira).

Mário Feijó
18.03.14