quinta-feira, 18 de julho de 2013

BRINCANDO DE CASINHA



BRINCANDO DE CASINHA

Mães e pais não querem seus filhos meninos brincando de casinha. Preconceito? A maioria tem medo que tal atitude influencie na sexualidade do menino.
Eu não sou psicólogo, mas penso que não é por aí. A história de brincar de casinha é uma preparação para ser “gente grande”.
As crianças têm pressa em crescer e tentam imitar a quem admiram. Porém há pais que usam chavões, tipo “isso não é coisa de menino(a)“; “homem não chora”; entre tantos outros.
A sexualidade é uma coisa inerente a cada um e só diz respeito à própria pessoa. E quando você estiver pronto irá praticá-la de acordo com o que gosta de fazer e com quem gosta, de acordo com os seus próprios desejos que lhe são inerentes. Não dá para impor desejos e gostos a ninguém. As pessoas até podem se acostumar com situações que a vida ou circunstâncias impostos. Mas nossos desejos são somente nossos.
No entanto aqueles que nunca “brincaram de casinha” e a vida lhe impor morar sozinho, criando filhos ou uma criança qualquer que apareça em sua vida, ou pela falta de um parceiro(a) terá mais dificuldades para enfrentar a situação.
Há também os que acabam brincando de boneca com crianças, quando na realidade a criança tem aprendemos a lidar com a situação, não dá para fazer de contas.
Sexo é uma coisa tão particular, tão intima que deve dizer respeito a cada um individualmente. É uma necessidade fisiológica – todo mundo tem, todo mundo faz – porém não precisamos sair contando pra todo mundo como se faz.
Ser homem ou mulher é uma questão de gênero e não necessariamente física. Temos antes de tudo que aprender a ter caráter e é isto que nos faz homens e mulheres dignos e não aquilo que fazemos ou deixamos de fazer quando “brincamos de casinha” ou o que fazemos na cama sexualmente por prazer ou para reprodução.
Há as exceções, mas isto é uma outra conversa...
Eu tive que brincar de casinha depois que me separei três vezes, a última em decorrência de uma morte, e agora tenho que criar sozinho duas netas. Mas acho que agora já tenho prática para não chamar mais a vida de brincadeira. E nem por isto deixei de ser a pessoa que hoje sou: um SER HUMANO. Quem quiser julgar que julgue, mas vamos olhar o "outro" com mais amor e menos preconceito...

Mário Feijó
18.07.13

terça-feira, 16 de julho de 2013

FELICIDADE PERMITIDA



FELICIDADE PERMITIDA

Ontem, entre os lençóis,
Eu quase me perdi
Quando me encontrei em ti

E entre um gozo e outro
Havia uma lágrima de felicidade
Que dizia: permita-se, você merece

A tristeza escondida no peito

Deixei escorrer sobre a face

Mário Feijó
16.07.13

segunda-feira, 15 de julho de 2013

À FLOR DA PELE



À FLOR DA PELE

Tudo é sem razão, porém tudo tem um por que. Assim é o amor. Assim acontece comigo e acontecerá (ou até já aconteceu com você).
Eu desconheço tuas razões quando dizes me amar, quando pedes “ame-me e eu te amo”. Isto é incoerente, visto não parecer racional, tampouco emocional. Seria neura?
Eu não posso dizer “eu te amarei todos os dias de sol, porque nos dias de chuva terei medo de te amar”. O amor não depende das condições atmosféricas tampouco há um tempo para amar.
No amor perdemos e ganhamos, tudo depende do ponto de vista com que olhemos a relação. Ninguém sai ileso de uma relação, seja ela de amor ou outro sentimento qualquer. Geralmente ganhamos quando o assunto é amor. Porém podemos perder se tivermos medo de amar. Sendo assim posso concluir que não é amor, se o medo for maior, pois o sentimento predominante será o medo e não o amor.
E se você diz que me ama, provavelmente tem nutre por mim uma paixão, não um amor verdadeiro, porque a paixão a gente mede, mas o amor não dá pra medir. Basta assumir e seguir em frente.
Diz o ditado que “um amor a gente cura com outro amor”. Eu não acredito nisto. Nunca consegui curar um amor com outro, mas paixões sim. Uma paixão eu já curei com outra porque na paixão é o sexo que grita mais alto, então trocamos uma tesão por outra. E a paixão é algo que fica na pele ou seja “à flor da pele” enquanto o amor ultrapassa a pele. Ele vai além da epiderme e toca na alma. Por isto o amor não se explica.
Muitos amores até podem começar pela paixão, mas diante do medo não há amor que sobreviva. O medo é uma pedra que jogada sobre o lago saltita, tremula, mas faz o amor afundar.
Não podemos viver sem amor. Não podemos ficar sem amar. Não é possível brincar com a paixão sem com ela se queimar. Portanto permita-se amar. Eu prefiro um dia, um mês de amor a não ter histórias para contar.
Já soltei todas as velas do meu barco. Já o coloquei a navegar. Já icei as minhas âncoras e pus meu barco em alto mar. Para onde ele vai eu não sei. Estou deixando a brisa do amor me levar. Se você quiser desista agora porque o meu barco não vai para o cais neste momento voltar...

Mário Feijó
15.07.13

sábado, 13 de julho de 2013

UM POUCO DE TI



UM POUCO DE TI

Eu te peço pouco:
Umas gotas de beijos
Orvalhos de carinhos
Uma brisa leve no pescoço

E nos meus dias de sol
Apenas um raio da tua luz
Uma nesga de luar
E brilhos de estrelas no olhar

É tão pouco o que eu te peço
Além saciar a minha sede de tua boca
E da fome que o meu corpo sente

Eu quero adentrar na tua pele
Penetrando em todas as cavidades
Nas tuas saliências me aquecer...

Mário Feijó
13.07.13

sexta-feira, 12 de julho de 2013

ENCANTADOR



ENCANTADOR

Outro dia chamaram-me
De en-can-ta-dor
Eu até tenho meus encantos
Porém de encantador não tenho nada

A dor é que por mim se encantou
Tomou conta do meu ser
E por aqui fez ninho há tempos

Quem é capaz de encantar a dor
Encanta qualquer ser
De uma flor ao beija-flor

Eu sou apenas um poeta
Que vê na vida todas as graças
Que se encanta com as belezas do mundo
E pela dor fica no mundo encantado...

Mário Feijó
12.07.13