sábado, 12 de setembro de 2020

MEDO E SOLIDÃO




MEDO E SOLIDÃO

 

A bruma entra na cidade

Feito sangue correndo nas veias

Passam por ruas largas

Tomam conta da natureza e das pessoas

 

Respira-se um ar de maresia

As roupas ficam umedecidas

Os ossos doloridos estalam

Os corpos não querem acordar

 

Todos se escondem de um vírus universal

Desde que o verá se foi

Agora já é fim do inverno intenso

 

Ninguém sabe o que é pior

O medo do vírus que ameaça nossas vidas

Ou a dor da solidão por ele imposta...

 

Mário Feijó

11.09.20


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