Há dentro de meu peito
Algo efervescente que tenta
De alguma forma sair
São sentimentos
São sensações
São emoções
Trancafiadas pela vida
Pela pressão social
Pela minha autocensura
Pelo meu pudor
Por amor próprio e por você...
Agora chega a saudade
A falta de teu corpo
Do teu cheiro
Da tua presença
Criando em mim uma dor
Como se a terra estivesse rasgando
Por um tremor iminente...
E eu deixo escapar das mãos
A felicidade – pássaro arisco –
Que não gosta de gaiolas
Então voa, e deixa o meu peito
Ferido sangrando numa hemorragia letal
E abatido, atirado ao solo,
Não encontro remédios que me salvem
– o que faço sem você?
Tento galgar estrelas
Mas meus braços não as alcançam
E minha mente foge rumo ao universo desconhecido
E quando tomo consciência novamente
Descubro que não passo
De uma estrela cadente...
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