FALANDO DE MIM

Nasci Florianópolis, já fui casado duas vezes. A primeira casei por culpa dos hormônios. Era jovem, engravidei uma menina e casei para assumir a responsabilidade do meu ato. O casamento durou nove anos e tivemos quatro filhos (hoje a mais velha tem 33 anos, a segunda 31, o terceiro 29 e o quarto foi atropelado com 6 anos). Na segunda vez casei por amor achando que duraria para sempre. Tivemos uma filha que hoje tem 21 anos. O casamento durou 20 anos e foi uma linda estória de amor. Mas teve que ser interrompida.
Resolvi me mudar para um lugar distante e curar as feridas por um tempo. Mudei-me para o Rio Grande do Sul. Ah! esqueci de dizer que sofro da Síndrome de Reiter (uma doença reumática que dá dores e inflações constantes, mas não vamos falar de doença).
No Rio Grande do Sul comecei a dar aulas de desenho artístico, pois em função de estar aposentado tinha que fazer algo para passar o tempo, me ajudar e ajudar os outros. E nas minhas aulas comecei a ler meus poemas. Os alunos pediram e eu fiz um livro com alguns deles (tenho mais de 1000). Já fui em Capão da Canoa - RS presidente da Associação dos Artistas Plásticos e já participei de eventos em Cuba, Trinidad Tobago e República Dominicana com meus quadros.
Hoje publico num site chamado Recanto das Letras. Há aproximadamente nove meses e já tive 22.000 acessos aos 530 textos lá publicados.
Sou membro da Academia de Letras e Artes de Porto Alegre. Participo de um movimento criado no Chile e que se espalha pelo mundo chamado POETAS DEL MONDO. Temos o objetivo de um mundo melhor através das palavras. Recebi a alcunha de amigo de O POETA DO AMOR, visto que pelo lirismo com que escrevo sempre estou voltado para as várias formas de amor entre as pessoas.
Atualmente vivo com uma companheira, viúva que vivia numa casa sozinha com uma cachorra que criava como filha। Eu disse-lhe que minha intenção não era viver com alguém como em um casamento pois estava decepcionado com os amores e as mulheres que tinha vivido e que pensava em ficar sozinho e criar três de meus netos que andavam meio jogados (as meninas tinham sido abandonadas pela mãe e o pai – meu filho – estava envolvido no tráfico de drogas), ao que ela falou então vamos fazer isto juntos e no inicio do ano passado trouxemos os três, dos quais tenho a guarda judicial e os estamos criando: o menino tem 12 anos, uma menina tem nove anos e a outra 8.
Esta em síntese é a minha estória। Por isto mandei meu livro para divulgação pois acho que minha estória é uma mostra do que um brasileiro faz para sobreviver e do que podemos fazer, mesmo na adversidade para ajudar aos outros e ter uma vida melhor mesmo quando já estamos aposentados। Não dá para colocar um pijama e ficar sentado esperando a morte chegar, não acha?