terça-feira, 25 de junho de 2013

CARNES DA ETIÓPIA




CARNES DA ETIÓPIA
Quem é firme em seus propósitos molda o mundo a seu gosto

Goethe

As tuas carnes magras
Que tanto me encantam
Lembram antagonicamente
Com humor negro a Etiópia

As crianças choram
A fome do que não têm...
Você chora as mordidas
Que eu dou em tuas carnes...

Enquanto isto o mundo gira
A vida passa feito roda vida
E eu fazendo dos limões
Uma refrescante limonada...

Parece cínico?
Pra mim não é...

Mário Feijó
25.06.13

A ESTRADA DO AMOR



A ESTRADA DO AMOR

Imponha limites à paixão
Ela é um animal peçonhento
Que quando provocado
Dá alguns botes mortais...

Paixão demais às vezes
Ultrapassa os limites do amor
Pode passar pelas estradas do ódio
E até entrar nos campos da loucura!

Somos assim:
Sonho e fantasia
Paixão e loucura
Delírio e prazer...

Aonde estou?
Para onde vou?
Não sei!
Trilho a estrada do amor...

Mário Feijó
25.06.13

segunda-feira, 24 de junho de 2013

AQUI EU TE DISPO E TE VISTO Na vida e no amor temos que pensar primeiro em nós... Mário Feijó A vida tem muitas facetas As pessoas também são assim Algumas vezes parecem usar máscaras E trocam de pele feito as cobras Você não precisa ter roupas Para estar comigo Venha como está Aqui eu te dispo e depois te visto Quero-te abrindo feito um simples botão Uma rosa em meio aos espinhos Oferecendo teu pólen e perfume Sem qualquer pudor a seu colibri Mário Feijó 24.06.13



AQUI EU TE DISPO E TE VISTO

Na vida e no amor temos que pensar primeiro em nós...
Mário Feijó
A vida tem muitas facetas
As pessoas também são assim
Algumas vezes parecem usar máscaras
E trocam de pele feito as cobras

Você não precisa ter roupas
Para estar comigo
Venha como está
Aqui eu te dispo e depois te visto

Quero-te abrindo feito um simples botão
Uma rosa em meio aos espinhos
Oferecendo teu pólen e perfume
Sem qualquer pudor a seu colibri

Mário Feijó
24.06.13

quinta-feira, 20 de junho de 2013

EU TE AMO







EU TE AMO


Começamos um amor de uma forma muito diferente. Éramos apenas amigos, o amor era gaiato, só de brincadeira, era uma coisa muito gostosa estarmos juntos. Parecia que não tínhamos compromisso. Havia carinho, companheirismo, solidariedade e fidelidade. Tudo era partilhado com sinceridade.
Ela me amava demais. Eu pensava que a amava de menos. Não é uma justificativa, mas eu já tinha casado sem amor e não deu certo. Depois casei por amor e também não deu, então pensava em não me envolver. Tinha medo de amar e era tão bom ser amado...
No entanto rindo e brincando fomos ficando juntos e assim ficamos por quase seis anos. Só não ficamos mais porque o destino interferiu nesta relação. Hoje eu descobri que seria ótimo ter vivido a vida inteira ao lado dela. Ficou um gosto de quero mais. Eu sofri muito (os outros nem perceberam, muitos nem acreditaram, mas eu ainda sofro e tenho saudades).
Eu penso que ela podia ter sido mais sincera... Talvez para viver uma fantasia ela tornou pública nossas fantasias. Eu fiquei com cara de palhaço e ela acabou se tornando a santa. Mas não ligo. Não me importo com o que pensam os infelizes, que invejavam a nossa felicidade.
Eu ainda sou feliz, só pensando nela e nos bons momentos vividos, mas também porque eu decidi que nada me tornará infelizes, ninguém irá interferir no que eu decidi, e eu decidi que não dependo de ninguém para ser feliz. Esta é uma decisão minha sobre o que eu quero pra mim.
Eu sobrevivi, poderia ter sido ela, também sobreviveram as mentiras, mas isto não me importa. Tenho saudades dela e decidi que mesmo sem poder tocar seu corpo estamos juntos porque ela sobreviveu dentro de mim, mesmo que na intimidade do nosso quarto eu não possa mais dizer-te “Eu te amo”  sobrevivemos a tudo e a todos.

Mário Feijó
20.06.13

quarta-feira, 19 de junho de 2013

A RAZÃO É VIVER (O NAUFRÁGO)



A RAZÃO É VIVER

João estava em alto mar pescando. De repente a tempestade virara seu barco. Dentro ficou uma bolha de ar. O mar continuava bravio e ele não tinha certeza se o barco afundara ou se boiava. A escuridão tinha tomado conta de todo o cenário.
João não sabia quanto tempo se passara, mas a tempestade abrandara e ele podia sair de onde havia se apoiado, para poder avaliar as circunstâncias.
Havia agora uma claridade e ele mergulhou e se aventurou para fora do seu esconderijo, mesmo estando fraco. Quando estava embaixo do barco pensara “a razão é viver” então se cuidou para sobreviver à tempestade.
Agora precisava avaliar a situação. Descobri para onde fora levado. Percebeu estar em alto mar. Os demais tripulantes não tinham sobrevivido ou estavam perdidos no mar. O barco só não afundara pela bolha de ar que ficou em seu interior. Agarrou-se ao casco tentando subir no que sobrara, para esperar que alguém o descobrisse naquele infinito.
Dezoito horas haviam se passado e até agora nada. O sol fora inclemente. O mar o açoitou todo o dia. Será que sobreviverei à mais uma noite? Pensara João. Mentalizou a família. Pensou no Criador. Orou para Pedro, pescador feito ele e pediu:
- Pedro, tu que um dia foste pescador, que depois viraste pescador de homens, resgata-me para esta vida, se ainda tenho algo para fazer por aqui ou leve-me para o céu porque eu não aguento mais.
Algum tempo depois aparece um helicóptero que dá sinais de que um barco se aproximará, quando o barco chega perto ele lê na proa “Pedro – o Pescador”...

Mário Feijó
19.06.13