quinta-feira, 20 de março de 2014

ALMAS FEMININAS



ALMAS FEMININAS

Do alto do arranha-céu
Eu ouvia o mar gemendo
Enquanto as meninas
Brincavam de voar...

Elas escreviam histórias
Davam asas à imaginação
E lá no alto do arranha-céu
Flanavam feito gaivotas no ar

Contavam coisas que aconteciam
Nestes mares do sul
Falavam de crianças, de peixes
E até de cavalos marinhos

Do alto do arranha-céu
As meninas de repente silenciaram
Descobriram-se vivas
Colocaram os pés no chão
E se transformaram em belas mulheres...

Mário Feijó
20.03.14

terça-feira, 18 de março de 2014

O ASSASSINATO



O ASSASSINATO

        Ontem eu vi, quando deliberadamente, ele com seu pé esmagou-lhe o pescoço.
A vítima trabalhava numa pequena roça e naquele instante transportava para seu lar o alimento de sua família.
O agressor sabia o que estava fazendo e se aproveitou do tamanho da vítima para intentar contra ela. Ele não morria de amores por ela. Podia-se até dizer que o caso ter ares de vingança, portanto, um crime passional.
A vítima era frágil, porém, venenosa quando agredida. Percebia-se, pelo corpo esbelto, cintura finíssima, a cor estava entre o marrom escuro e o negro.
Será que fora morta por preconceito???
Isto não dá para afirmar no momento, mas penso que o menino matou a formiga porque em outra circunstância ela o tinha picado e ele sabia que seu veneno era terrível. Ainda mais que era uma formiga saracutinga (ou tocandira).

Mário Feijó
18.03.14

sexta-feira, 14 de março de 2014

DOIS AMIGOS

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DOIS AMIGOS

Eles eram dois amigos
Remendando solidões
Eu que em outros tempos
Casaria até comigo
Abri meus braços sem pudores
Para esta amizade

Ele sofria do mal de amor
Não tinha medo da solitude
Fugia apenas da solidão
Dizia-se não saber amar

Há sempre aqueles
Que trazem na pele
As dores do desamor
Dos chicotes e chibatas
Que seu lombo açoitou

Tudo se cura apenas
Abrindo os braços
Distribuindo abraços
Que o “laço” encerrou...

Mário Feijó
15.03.14

quinta-feira, 13 de março de 2014

EU PENSO





EU PENSO:

Que são cegos
Os olhos do tempo
Que passam por mim
Sem ao menos me olhar

Que são insensíveis
Os braços dos ventos
Que me tocam
Sem ao menos me abraçar

Que são surdas
As ondas do mar
Que sempre se debatem
A se repetir

Que são loucos
Todos os pássaros
Presos em gaiolas
Sempre a cantar

Que são tolas as flores
Que se entregam néctar
E nunca provam
Do sabor do mel

Que sãos tristes os poetas
A contar felicidades
Que colorem o mundo
Para não deixar a vida desbotar...

Mário Feijó
13.03.14

terça-feira, 11 de março de 2014

SONHOS E BEIJOS


SONHOS E BEIJOS

Derrotados todos os castigos
Eu tenho a vitória dos versos!
A maioria deles felizes
Porque cantam meus encantos
Nos caminhos trilhados

E agora o que faço eu?
Olhos presos nos céus
Procuro ver a esperança
Que das mãos tinha escapado

Entre os meus encantos
Estão os dias que vivo
Como se estivesse voando.

Na garganta tenho teus risos
Que nos sonhos digeri
Numa ânsia de beijos...

Mário Feijó
11.03.14

segunda-feira, 10 de março de 2014