quarta-feira, 13 de novembro de 2013

ABERRAÇÃO




ABERRAÇÃO

Há quem se sinta uma aberração
Por amar alguém mais jovem,
Mais velho, mais rico, mais pobre
Ou alguém muito diferente de você

Com frequência nos sentimos assim
Seja quando nos vemos feios
Quando amamos alguém
De outra raça ou do mesmo sexo

Há os que se escondem em “armários”
Os que não saem de casa
Que não mostram o seu amor para o mundo
Por vergonha e às vezes por posse

Eu algumas vezes na vida fui assim
Por medo do mundo
Por medo de mim...

Mário Feijó
13.11.13

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

PLENITUDE



PLENITUDE

Eu queria que tu tivesses
A regularidade da lua
E que quando eu minguante
Te recebesse cheia de amor

Até ondem havia escuridão
Lua nova escondendo-se na penumbra
Não te entendo – se te escondes

Toda tímida lua crescente
Não se entrega
Deixando-se apenas mulher
Querendo-me teu homem...

Há dias que eu te quero luz
Feito sol, sem máscaras,
Plena, mar revolto, tsunami...

Mário Feijó
08.11.13

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

BORBOLETAS NA JANELA



BORBOLETAS NA JANELA

Borboletas na janela
Enclausuradas sonham voar
Querem um dia de sol
Um dia de arco-íris floral

E da janela do casulo
Sonham viver a eternidade de um dia
Enquanto tecem seus destinos
Numa breve morte

Não pensam na transição
Não se desesperam por ela
Apenas vivem suas breves vidas

E quando finalmente suas asas
Majestosas ganham forças
Elas curiosas e felizes
Ganham os seus dias de gloria...

Mário Feijó
06.11.13

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

ABRA OS BRAÇOS E VOE



ABRA OS BRAÇOS E VOE

Depois de uma noite d’amor
Ressuscitamos para a vida
Superamos angustias e dores
E descobrimos que no amor renascemos

Há gente que não sabe amar
Há pessoas que só sabem receber amor
E na hora de se dar
Ficam sem saber o que fazer

É tudo tão claro
Quando abrimos os braços
Toda a energia flui
E tristezas vão para o espaço

Ontem foi assim
Eu viajei em meus passos
Abri os braços e voei...

Mário Feijó
06.11.13

CORRENDO ATRÁS DA FELICIDADE



CORRENDO ATRÁS DA FELICIDADE

Algumas vezes as dores
Impedem-nos de sorrir
Mas não nos impedem de viver
De tentar ser feliz

E diante da luz do sol
A tristeza não se esconde
A angústia não se espalha
O sol inspira à vida

Debaixo de uma árvore
Respiro o ar puro
Ouço o canto dos pássaros
E esqueço-me das dores

Eu já corri o mundo atrás da felicidade
Não será uma nuvem sob o sol
Que me fará esquecer a sua luz
Nem me impedirá de correr atrás
Do que é meu por direito...

Mário Feijó
06.11.13