sábado, 31 de agosto de 2024

VAIDADE




Talvez eu seja o teu maior delírio

E só tenha entrado em tua vida,

Para bagunçar.


Talvez eu seja a verdade

Anunciada pela boca dos teus amigos.

Por ter quebrado promessas

E ter voado mundo afora,

Tal como um pássaro,

Que desvia do bando

E se arrisca a escrever uma nova história.


Talvez eu não seja o único errado.

Afinal,

A vontade nunca foi uma prioridade.

E até mesmo grandes paixões

Bebem doses exageradas de vaidade.


E eu reconheço,

As vezes onde te tive

Apenas como uma vaidade.

E bem sei que tu,

Também me abocanhou

Quando teu ego sentiu que deveria.

E está tudo bem,

Não há crimes cometidos aqui.


Houve vontade,

Mas nunca prioridade.

Vontade e vaidade,

Em doses ardentes,

Que colidiram em caminhos opostos,

Mas agora retornam ao eixo.

Tu com a tua vida

E eu com a minha.


ANDERSON MANOEL

PARA MÁRIO FEIJÓ

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