PÁGINA EM BRANCO
Sempre fui uma página em
branco
Escrevia a história dos
outros
Construía seus caminhos e
destinos
E seguia em frente sem
pensar em mim
Ai veio o tempo e me chamou
de tolo
Disse-me que eu precisava
fazer algo por mim
Devia executar meus sonhos
Transformá-los em realidade
Foi nesta hora que todos
aqueles
Aos quais dei chance
Viraram-me as costas e
disseram
Que eu estava sendo egoísta
Agora escrevo minha história
Sem medo dos olhares do
mundo
Sem medo do que pensam de
mim
Sem medo de viver a vida com
alegria
Não espero mais que filhos
ou netos
Tenham reconhecimento pelo
que lhes dei
Não espero por um oi em datas
festivas
Nem mendigo os seus amores
Hoje todos são pássaros
Que voaram do ninho
E me deixaram o luto do
adeus
Todos têm razão, eu
envelheci e perdi a minha
Então devo seguir meus
sonhos
Embora achem que estou senil
Queria ter esta maturidade
Na idade de cada um deles há
tempos atrás
Vida que segue...
Mário Feijó
24.01.24
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