VIDA
SOLITÁRIA
Setenta e dois anos depois e eu continuo
me sentindo aquele menino de treze anos que começando a perceber as responsabilidades
da vida adulta.
Tão perdido e tão solitário como quando
fiz quinze anos, eu continuo a minha vida sem ninguém por perto, e os que estão
por perto, longe estão do meu EU.
Sim! Passados todos estes anos não parece
que tive cinco filhos e dez netos! Onde será que estão... por que será que passaram por mim e foram
embora... o que será que fazem de suas vidas (excluindo aquele que morreu
criança e eu sei onde está).
É muito difícil crescer e chegar na fase
adulta e perceber que você queria mais amor porque dentro de você tem muito
amor pra dar! Será que o mundo não deixa que percebam que você queria tudo mais
fraterno, menos paterno, muito mais irmão.
Não há terapia que resolva isto. Temos que
aceitar que a vida é mesmo assim. Estamos em evolução e nada pode ser perfeito.
Nem o ser humano, nem cada um de nós, nem as relações humanas.
Tanto os outros, quanto a gente, nos
sentimos incompreendidos e quem será que irá abrir os braços para dizer “eu te
amo”... porque é isto o que importa. O amor sempre será mais importante que
tudo.
No entanto não quebramos a barreira e
muitas vezes quando a quebramos quem está do outro lado não nos compreende. Sempre
há uma mágoa ou desventura na vida que ficará em primeiro plano impedindo que
as coisas se consertem.
É uma reflexão sobre a minha vida e muitos
que a lerão dirão: você é o culpado! Mas não há culpados! As situações é que são
mal resolvidas, as pessoas não conversam ou quando conversam querem sempre
magoar, achar o culpado “que nunca é você mesmo”.
Não é porque foi meu aniversário ontem,
também não é porque o natal está chegando. Porém é um momento de reflexão! Não precisa
haver motivos, vamos repensar nossas vidas e evoluir, ser (no sentido de SER
HUMANO) melhores.
Mário
Feijó
01.12.23
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