E SE NÃO
HOUVER AMANHÃ?
Há poucos dias eu li na internet que “viajantes do tempo” não perceberam
vida humana na Terra, a partir de 2024.
Eu não sou nada. Não sei de nada, porém faz uns três anos que “senti”
que alguma coisa séria no planeta aconteceria e muitos seres humanos morreriam.
Veio a pandemia e eu achei que seria nesta hora. E muita gente morreu. E todos
estavam assustados.
Eu não quero ser alarmista, as morte que eu vi para o futuro do planeta
eram muito mais, era um número maior que três bilhões de seres humanos. Não sei
quando e se acontecerá realmente.
Então pensei “os seres humanos aprenderam a lição, a pandemia serviu de
alerta”. Ganhamos uma nova chance, por isto descobriu-se a vacina tão
rapidamente. Aí percebo que nada mudou. A pretendida solidariedade e empatia
amorosa pelo “outro” – o tal “amai-vos uns aos outros”, não aconteceu, não vingou.
Os seres humanos estão cada vez mais egoístas, avaros e cruéis uns com os
outros. O amor ao próximo não vingou no coração das pessoas.
Nestes dois anos de pandemia todos empobrecemos, em todos os sentidos. O
mundo inteiro empobreceu. A crueldade aflorou aqui e lá fora. Haja vista as
notícias nos jornais. Nossos povos nativos estão morrendo pelo descaso e pela
ganância. A guerra da Rússia contra a
Ucrânia, sem entrar muito no mérito da questão pois estão nos jornais todos os
dias, é uma crueldade de irmãos contra irmãos. Até pouco tempo praticamente era
uma única nação e agora vê-se o prazer em ver o outro morrer de fome e frio.
Pior ainda é que tem “gente” que diz publicamente que “quando um não quer dois
não brigam”, mas todos sabemos que não é uma situação tão simplória, como a
desta colocação. Isto é falta de empatia. No entanto acaba sendo perdoável
devido aos enormes problemas internos de nosso país que está flagelado em todos
os sentidos.
E se não der tempo para consertar o mundo? E se não der tempo para
socorrer os necessitados? E se não der tempo para viver o amor? O tão sonhado
amor porque estamos esperando melhorias em nossa vida. Porque estamos esperando
receber um dinheiro atrasado. Porque estamos esperando a aposentadoria chegar.
Então eu pergunto: e se a morte chegar antes disto? E se o mundo deixar
de existir por causa de uma bomba ou um barulho ensurdecedor vindo dos céus? Ou
porque um novo vírus voraz virá disposto a dizimar todos os seres humanos? Será
que seremos os novos dinossauros a ser extintos? Será que a partir da extinção da
raça humana aparecerá uma nova raça capaz de pensar menos em comida e mais em
amor, satisfação pessoal... um novo ser mais iluminado que salve o planeta e
que entenda que somos muito pequenos num universo tão grandioso.
Não sei! Mas sei que tudo é possível, que devemos ser melhores, evoluir,
independentemente de o outro querer ou não, pois estaremos mais centrados na
nossa evolução.
Há algum tempo tenho tentado ser coerente comigo e ser mais feliz –
sozinho ou acompanhado – nos lugares onde a natureza poderia ser mais pródiga.
Onde eu caminhe pela orla e não veja uma quantidade infinita de pinguins,
tartarugas, peixes e outros animais marinhos mortos. Onde eu possa ir para o
interior e não veja queimadas, tatus, araras, papagaios, onças e outros animais
numa quase extinção por falta de mata e excesso de campo, numa terra devastada.
Poucas árvores e muito bicho morto.
Pense, reflita, você pode ajudar a mudar tudo isto. Faça sua parte, o
planeta é a sua casa...
Mário Feijó
01.02.23