AS BAGAGENS
DO TEMPO
Pouco a
pouco
A vida me
escorria das mãos
Feito areia
fina das dunas
Ou um
líquido que não posso reter
Apenas percebo
as mãos molhadas
Que expostas
ao vento
Rapidamente secam...
Eu? Eu nada
podia fazer
Não tinha
meu destino nas mãos
O tempo me
roubara tudo:
Vontade, fé
em mim, descrédito nos seres humanos
Apenas me
deixava levar
Arrancando das
folhas do calendário
Os dias que
se iam
Reduzindo cada
vez mais
A sacola
onde eu guardava o tempo...
Mário Feijó
09.09.21
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