domingo, 14 de outubro de 2018

DEPOIS DE TANTO TEMPO

DEPOIS DE TANTO TEMPO

ando meio perdido
colocando em sacos de lixo
trecos que acumulei vida afora
dentro e fora de mim
nem sinto mais meu coração
que não pulsa mais
ouço somente as ondas do mar
que batem ali na praia
nas janelas clama o vento
que me chama em gemidos fracos
enquanto a lua no céu
enche a minha vida de esperanças
saio do marasmo ao romper do dia
quando em cima do mar o sol desponta
então piso na areia fofa
e descubro que ainda estou vivo

Mário Feijó
14.10.18


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