sexta-feira, 31 de agosto de 2012

NAS ASAS DE UMA BORBOLETA


NAS ASAS DE UMA BORBOLETA

Brasília tem o formato
De uma borboleta
Com suas asas abertas
Disse Lúcio Costa, seu criador 

Porém o povo a trata
Como se fora avião
Não importa hoje eu voo
Nas asas da borboleta 

Que se metamorfoseia
Tamanho é o gigantismo da cidade
Onde as pessoas parecem insetos
Correndo de um lado para o outro 

E os carros querendo voar
Parecem do alto “sangue nas veias”
De uma cidade que se tornou grandiosa
- Patrimônio da Humanidade –
Capital Federal do Brasil 

Brasília em pouco mais de 60 anos
Acabou se tornando uma referência mundial
Depois dela muitas outras vieram
Mostrando a criatividade dos homens

Mário Feijó
31.08.12

PÁSSARO DO AMOR


PÁSSARO DO AMOR 

Hoje em meus sonhos
Um pássaro pousou
Trouxe vida à minha vida
Deixou em meu corpo amor 

Era um pássaro verde
Que se parecia com arara
Abracei-a ao peito
E como mágica virava você 

Dizia que me amava
Que estaria pra sempre comigo
Pulava de galho em galho
Para ficar perto de mim 
Pensei ter meus problemas
De amor ter resolvido

Quando de repente uma buzina tocou

Acordei! E você tinha sumido...


Mário Feijó

31.08.12

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

UM DIA A GENTE VAI SE SEPARAR...


UM DIA A GENTE VAI SE SEPARAR...


Um dia

A gente vai se separar!


Disseram os gêmeos

Na barriga da mãe,

No entanto continuaram

Vivendo próximos

Muitos anos

Depois que nasceram...


Existem

Várias formas de separação...

A morte é a pior delas,

Portanto todas as outras

Podemos superar...


Um dia...

Ah! Um dia

A gente vai se separar...


Mário Feijó

30.08.12

IRRESSISTÍVEL


IRRESISTÍVEL

Ele era um monstro selvagem
Que seduzia com seus olhos de prata
Virgem ele pensava que ela era
Porém já havia se perdido com o vento 

Enrubescida tinha vermelhas
As maçãs da face seguia a menina-moça...
Cálice! Pediu ela, bebendo de um só gole
Ele apenas sorria, tendo na boca milhares de dentes 

Tão grande era o seu sorriso
(aquele sorriso derrubaria
Qualquer viúva carente
Ou até mesmo uma pura adolescente) 

É sempre perturbador
Um homem tão viril, másculo
Em tempos tão modernos
E ela estava embevecida 

Foi pra casa, colocou uma fina camisola
Sobre a pele e pensou
Como pode existir alguém assim tão irresistível?
Deitou e esperou o resto da vida... 

Mário Feijó
30.08.12

  

AQUELES OLHOS VERDES


AQUELES OLHOS VERDES


        Franzino, sardento, cabelos cortados no estilo, soldado raso, calças curtas, não tinha ainda dez anos aquele menino, mas desde criança era diferente dos outros da sua escola.

        A timidez o denunciava e sofria discriminação pelo perfil completo, para agravar ainda era pobre, o desgraçado.

        Não entendia o porquê da discriminação, mas cada brincadeira de mau gosto, cada piada era como uma punhalada...

        Nunca praticara uma ação maldosa para com os demais, afastara-se dos esportes para não ser gozado pelos outros, e isto também acabou sendo discriminatório. No entanto no seu caminho apareceram meninos e meninas malvados que o maltratavam, inclusive fisicamente. Um dia reagiu, brigou, mas até hoje não lembra o que aconteceu durante a briga, nem como chegou em casa, mas todo o seu material sumiu. Ele teve um branco na briga que manteve com o menino negro.

        E para completar seu pai também o surrava todos os dias...

        Muitos foram os que lhe machucaram na infância. Um dia quando brincavam de correr e pega-pega, uma menina se escondeu para puxar um fio de arame farpado em seu rosto que por pouco não o cegou... feridas foram muitas, tanto física quanto emocionalmente. Ficaram cicatrizes que o tempo apagou no corpo, na alma elas ainda sangram... afinal quem se incomodaria com aquele rapazinho magricela, sardento e horroroso?

        E o menino foi crescendo. Superando todas as adversidades. Nos primeiros anos do ensino básico acabou se formando em primeiro lugar, na sua escola. Não virou ídolo. Continuou um adolescente, sem graça, magro, feio e pobre.

        Seu primeiro drama de adolescente era tentar entender o por que daquela rejeição. As mulheres o rejeitavam porque era doce e amável, e os homens “não podem” ser doces. Os homens o rejeitavam porque não representava perigo com as mulheres (na opinião deles). Assim sendo ele queria ser um daqueles homens para ser admirado pelas mulheres e respeitado pelos homens. Sua alma não era assim e ele continuou do jeito que era, mas conseguiu conquistar um espaço.

        Havia uma vantagem naquele menino: seus olhos verdes. Não que ele se importasse com isto, mas os outros sim. Achavam seus olhos lindos. E o menino começou a concentrar sua energia e sua força neles, no seu olhar.

        Tornou-se homem. Ganhou muitas mulheres, mas tinha medo de amar, não queria ser traído pela vida. Não acreditava que pudesse ser amado.

        Passou a ser autêntico, sem se importar com a opinião dos outros. Continuava a ser discriminado, julgado.

        Um dia casou-se, teve filhos. Amou e foi amado, mas jamais foi feliz e aqueles olhos verdes continuaram acesos como dois faróis de esperança que o conduzem na busca de um amor sincero...


Mário Feijó
30.08.12

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

PARABENS PRA VOCÊ




Faz hoje trinta e seis anos
Que sem compreender
Você veio ao mundo 

Caiu direto em meus braços
E neles havia um imenso amor
Que eu soprei para a tu’alma 

Tão frágil e prematura
Parecendo um filhote de garça
Esticando tuas pernas compridas
Que estavam presas num ovo 

Nunca compreendeste
O quão infinito é
O meu amor pelos filhos
Todos são uma extensão de mim! 

E como se fosses um anjo rebelde
Jamais entendeste meus gestos
Sem compreender todo o amor
Não tem problemas! Eu te desejo felicidade... 

Mário Feijó
29.08.12

TERRA FERIDA


TERRA FERIDA 

Há hoje no céu
Uma nesga de luz
Rompendo nuvens
Como se cortasse a carne crua 
E feito raio
A luz bate no solo
Sangrando a terra
Que prostrada se deixa ferir... 

O vento frio
Sopra a grama
Arrepiando a pele da terra
Que espera o calor do sol 

Eu sou assim
Alguns dias apenas terra ferida
Noutros a luz do sol
Que aquecia a tua pele...


Mário Feijó
29.08.12

O AMOR ME AMPAROU


O AMOR ME AMPAROU 

Nos últimos tempos
Tenho sido quase
Tão etéreo feito tu
No espaço... 

Vivo no ar!
Outro dia ao passar
Deixei voar
Algumas penas 

Alma de anjo?
Corpo de pássaro?
Beijo de hortelã?
Estou ganhando asas! 

Outro dia
Do alto da montanha
Atirei-me ao solo...
O amor me amparou... 

Mário Feijó
29.08.12

terça-feira, 28 de agosto de 2012

EU OU VOCÊ?


EU OU VOCÊ?



        As gotas de chuva que agora caem parecem penetrar minh’alma. Eu já não sei se lavam a terra ou desnudam os meus pecados. Corre na terra toda a tinta que escondia minha face. As minhas mãos tremem como se eu sofresse uma crise de abstinência, porém eu não era viciado em nada...

Um momento... Lembrei. Estava viciado em ti. Na tua presença que agora só retorna na minha senilidade. Eu já não lembro do que faço agora. Eu já não lembro dos meus momentos de há pouco, mas lembro do nosso primeiro encontro. Lembro do teu olhar. Do teu sorriso que tinha um jeito “bandeiroso” de dizer cheguei. É tu eras assim. Algumas vezes tão singela quanto um “amor perfeito” noutras tão desastrosa quanto um elefante numa sala de cristais.

Não importa. Agora nada mais importa. Ficou o vazio e a saudade. Ficou a ausência de todos aqueles que poderiam me ajudar, mas que me viraram as costas. Suas desculpas que lembrariam de ti... e com isto esqueceram de mim. Esqueceram que tenho que superar tudo sozinho. Sei que agora não sofres, mas a mim quem ajuda? Tua família preocupou-se com as joias, a casa, os móveis, o dinheiro...

Será que estas pessoas algum dia amaram? Será que estas pessoas conhecem o amor, a solidariedade, a confiança, o perdão, o carinho?

Tudo é muito difícil depois de uma perda. Além do mais dói a gente pensar que de alguma forma é o responsável pela morte de um ser querido. Dói a gente ver nos olhos de algumas pessoas a acusação velada. Dói a falta de perdão, de solidariedade, a solidão.

E quando você pensa que pode continuar ou reconstruir sua vida, as pessoas te cobram “um luto” que não é possível para quem quer sobreviver. É como colocar a pessoa numa solitária e dar-lhe, no máximo, água esperando que ela sobreviva até o dia que tiver que ser. Então o seu corpo seca, a sua alma seca, perde a cor... aí vem a chuva e leva embora as suas tintas, a sua cor, a sua vontade.

Neste momento você começa a se perceber transparente, sem desejos, emociona-se com uma música, um comercial de carro, de margarina e até com bichos atropelados na estrada.  

É assim que eu estou agora: transparente. Ninguém me vê. Muita gente talvez preferisse que a vítima fosse outra. E eu sem entender continuo sem saber quem realmente é ou foi a vítima: eu ou você?


Mário Feijó

28.08.12

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

PENSEI QUE SOBREVIVERIA SEM TI...


PENSEI QUE SOBREVIVERIA SEM TI...

Eu pensei que sobreviveria
Sem o amor... Não sobrevivo sem ti
Antes havia a luz do sol
Agora tenho a bruma do mar... 

O céu inteiro se fechou
Nublou enrubescido por mim
Eu te queria descoberta
Sob a luz do luar... 

Mora em meu peito a saudade
E meu coração sem ti esvaziou
Está descompassado, bate surdo
Eu pensei que sobreviveria sem ti
Meu corpo murcha, minha pele seca
E eu me apronto para partir... 

Mário Feijó
24.08.12

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

TODOS TÊM PREÇO?


TODOS TÊM PREÇO? 

Você se venderia?
Entregaria sua honra?
Quebraria princípios por dinheiro?
Você tem preço? 

Quanto você custa?
Vender-se-ia por
Um milhão de dólares
Como em “Proposta Indecente”? 

Eu não me venderia
Mas às vezes penso
Que seria capaz de comprar
Se dispusesse de muito dinheiro 

Tudo é possível
Mas também erra quem compra
Da mesma forma
Que aquele que se vende 

Eu já vi gente matando
Por um par de tênis
E gente que se vende
Por um celular... 

Quanto você vale?
Quanto você custa?
Qual é o seu preço? 

Mário Feijó
23.08.12

O PRÍNCIPE ESTÁ NU


O PRÍNCIPE ESTÁ NU

 

        Ontem nos jornais eu li que “o príncipe está nu”. Tratava-se do Príncipe Harry da Inglaterra, fotografado em uma festinha íntima, em um Hotel, em Dallas, EUA.

Fui caminhar e uma amiga contou que meu médico oftalmologista, com apenas 48 anos de idade fora assassinado, com sete facadas e estava nu sobre a cama. Ele estava a duzentos metros da minha casa e na mesma rua.

Duas situações diferentes, mas que me chamaram a atenção pelo fato de ambos estarem nus.

Por que será que a nudez alheia ainda causa tanto frisson?  

A primeira situação foi publicada nos tabloides do mundo inteiro, ávidos por escândalos de celebridades. Nada mais foi do que uma “festinha inconsequente” de um príncipe, da realeza mais famosa em todo o mundo. Uma irresponsabilidade de um jovem herdeiro do trono real inglês que lhe custou a indiscrição de fotógrafos bisbilhoteiros.

Na segunda situação o fato, apesar de mais grave, porque envolve um crime bárbaro, cruel e aparentemente sem explicações de uma pessoa que não é celebridade, mas muito querido numa pequena comunidade. O crime assim, aparentemente sem explicações, neste momento.

Seria somente mais um assassinato? Latrocínio? Homofobia? Ou teria um enredo perverso? Não sabemos! Só o tempo e as investigações responderão...

Nosso médico era uma pessoa muito querida na cidade e região, ajudava muita gente. Era uma pessoa que tinha luz. Brilhava até no escuro, por onde algumas vezes andou...

E o príncipe? Nascido em berço de ouro, não corre o mesmo risco? Só porque se cerca de lindas mulheres e homens ricos.

Cada um segue o seu caminho. O príncipe nu, a sua vidinha que precisa de orgias para que fique animada. E o bom médico para o limbo do esquecimento porque não tinha sangue azul. Mereceu hoje meia página em um jornal de grande circulação por estes lados. Por uns dias, meses ou no máximo um ano será esquecido e talvez até culpado por não ter tomado os devidos cuidados com os amigos que colocava dentro de casa.

“Carpe Dien” – é o momento. É a vida, dirão os acomodados, insensíveis aos caos diário...

Agora certamente todos os príncipes voltaram a se vestir... Mas por quanto tempo???

 

Mário Feijó

23.08.12

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

EU E VOCÊ


EU E VOCÊ 

Diante da luz da lua
Eu e você brilhávamos
De pular de cordas
Como nos tempos de criança 

E na beira da praia
Fomos correr no calor da noite
Fomos tomar champanhe
Depois de pular sete ondas 

Havia encanto nestes dias
Depois de Felicidade
Tu foste minha alegria 

Agora a tristeza fez
Ninho em minha vida
Mas estou decidido
A não deixá-la chocar... 

Mário Feijó
22.08.12

DA JANELA


DA JANELA

Da janela ela sonhava
Como se fora livre
Feito o vento
Que pelos prados corria... 

Da janela ela pensava
Tecia versos em sua escrita
E via o sol lá em cima
Na colina se por... 

Da janela ela pintava telas
Expostas em suas memórias
E costura os dias
Sonhando com a liberdade de seus versos... 

Da janela ela suspirava
Esperando um príncipe
Que nestas alturas da vida
Era um ser desencantado... 

Até que chegou o dia
Onde ela já sem esperança
Da janela projetou-se
De onde agora está encantada... 

Mário Feijó
21.08.12

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

DESDE DEZEMBRO


DESDE DEZEMBRO 

Doze foram os apóstolos
Doze são os meses do ano
Doze também formam uma dúzia
Enquanto na mente conta
A espera de um tempo de renovação... 

Doze é três vezes quatro
É três a soma de 1+2
Também doze é o último ano
Que dezembro promete esperanças 

Doze dias
Doze meses
Doze luas 

Tu partiste em dezembro
Eu agora conto os meses
Quando vejo a luz da lua...


Mário Feijó
20.08.12

SE EU FOSSE CRIANÇA


SE EU FOSSE CRIANÇA 

Se eu fosse criança
Brincaria com amigos invisíveis
Brincaria com outras crianças
Viveria num mundo de fantasia 

Agora que cresci
Mato um leão por dia
Os amigos tornaram-se invisíveis
E eu convivo com meus demônios... 

Brinco de amar
Pessoas erradas
Vivo numa roleta russa
E todas as brincadeiras
Não existem mais... 

Sou apenas mais um na multidão
Alguém que passou a esquecer de si
Por amor a si mesmo e aos outros
Tornei-me uma brisa passageira... 

Mário Feijó
20.08.12

LEOPARDOS


LEOPARDOS


Entre as raízes de arranha-céus
Dois leopardos vorazes caçam
Um por amor, outro por instinto 

Entre jatos de luzes
Jorrados de carros
A alameda esconde
Carácteres dormidos ao dia 

Pintados por pecados
Mostram os dentes
Rosnando por motivos
Nem sempre honestos

São somente animais
Que fugidos de jaulas
Caçam qualquer presa
De ratos a javalis
Nos campos que viraram cidades... 

Mário Feijó
21.08.12

sábado, 18 de agosto de 2012

AS TUAS MÃOS MACIAS


AS TUAS MÃOS MACIAS 

Agora de meus olhos
Correm apenas duas lágrimas
Mas que pela intensidade emocional
Poderia ser um rio caudaloso 

Frívolos são teus sentimentos
Que fatiaram a minh’alma
Anestesiaram o meu corpo
Que sofre sem sentir mais dor 

Ontem eu era ostra
Que apanhava das ondas
Mas me alimentava
Do que me ofereciam 

Hoje eu sou deserto
E meu corpo resseca
Sem o teu amor
E as tuas mãos macias...


Mário Feijó
20.08.12

DIANTE DO IMPONDERÁVEL


DIANTE DO IMPONDERÁVEL


Algumas vezes na vida
Tive sonho e os persegui
E não foi por medo que
Um dia possa ter desistido deles... 

Agora, não muito tempo depois,
Encontro-me ainda no caminho
Perseguindo sonhos que cada vez mais
Parecem estar próximos da utopia... 

Eu não tenho sonhos utópicos
Eu não penso no imponderável
Eu não penso em nada impróprio
Não para a minha felicidade... 

Só percebo que o meu rio
Jamais correu para o mar
Ele faz o caminho inverso
Eu agora estou no alto da montanha 

E do alto da montanha abraça-me o medo
Não dos sonhos, mas do imponderável,
Não do amor, mas da maldita solidão
Sou uma ilha rodeada de gente... 

Mário Feijó
20.08.12

DÁLIA VERMELHA



DÁLIA VERMELHA 

Que amor é este
Que te fez, Dália,
Pensar ser a rainha
Do meu jardim? 

Foste nascendo
Por entre a grama
E devagarzinho
Te abriste toda... 

Passado um tempo
No jardim reinavas
Mais que qualquer flor
Rosa que me encantavas... 

Ah! Minha rosa
Noutro jardim te deixei
Ficaste lá desfolhada por um vendaval...
Dália vermelha eu não te enganei... 

Mário Feijó
18.08.12

DESEJOS INCONTIDOS


DESEJOS INCONTIDOS 

A solidão
Joga-nos
Algumas vezes
Em braços não desejados 

E quando vemos
É tarde demais
Estamos neles crucificados 

Desejos incontidos
Nascidos em agosto
Terra nua
Cama quente 

Os lábios ardem
Prisioneiros da luxúria...
Quando ela parte
Depois de rodar todas as ruas...


Mário Feijó
18.08.12

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

SEM VOCÊ


SEM VOCÊ 

É amargo
O gosto ausente
Dos teus beijos 

É frio
Os abraços desejados
Que não enlaçam o corpo 

É cruel
Essa tua ausência
Esta tua inconsistência
Agora longe de  mim 

É tão triste
Esta inconsequência minha
Que por tua falta
Me atira no lixo
De onde não consigo sair...


Mário Feijó

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SEIOS DE BORBOLETA


SEIOS DE BORBOLETA 

Sorriso de lagarta
Seios de borboleta
Parecia querer eclodir
Merecia pra meu colo voar...


As minhas mãos excitadas
Deslizaram por tuas coxas
Fui a lesma boba
Que o pássaro comeu...


Mário Feijó
16.08.12